Dia 30 de abril último, Dayse do Socorro de Almeida Cunha, 51, que era analista tributária da Receita Federal, foi assaltada e feita refém dentro do próprio carro, em Belém. O veículo foi perseguido por policiais militares, que trocaram tiros com os assaltantes. O carro bateu e ela acabou baleada e morta. Três suspeitos foram detidos. Menos de uma semana depois, na noite de 4 de maio, o policial militar aposentado Manoel Siqueira Brasil, de 72 anos, foi barbaramente assassinado dentro da própria casa, em Ananindeua, na região metropolitana de Belém. O corpo foi encontrado amarrado, na cama, e com vestígios de tortura e estrangulamento.
O televisor e o aparelho de DVD do idoso foram roubados. Cinco adolescentes foram apreendidos e dois homens detidos por suspeita de participação no crime.Dayse Cunha e Manoel Brasil entraram para a lista das pelo menos 1.496 assassinadas entre os dias 1 de janeiro e 05 de junho desse ano, no Pará, e seriam apenas mais duas vítimas comuns na média diária de cerca de dez mortos, não fosse por um detalhe: ela era irmã do superintendente do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), coronel PM André Cunha, e prima da esposa do governador do Estado, Ana Jatene. E ele era tio de Armando Brasil Teixeira, promotor de Justiça Militar.
PERDAS
Cada um em sua função, André Cunha e Armando Brasil são, respectivamente, gestor e fiscal da gestão da segurança pública no Pará. Eles perderam familiares para a violência que ajudam a prevenir e combater a cada dia. E os assassinatos comprovam que não é só a maioria da população que está refém de criminosos, mas também a elite.
FONTE DOL MAGNOPOLÊMICO///
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