Polícia não tem pistas sobre quem baleou juiz.
O delegado Gilvandro Furtado, diretor da Divisão de Homicídios, que está à frente das investigações sobre o baleamento do juiz
de Brasil Novo, no sudoeste paraense, Alexandre Rizzi, 35, afirmou
ontem que ainda não tem pistas dos dois criminosos que se embrenharam
nas matas logo após atirarem no vice-presidente da Associação dos
Magistrados Paraenses, juiz Alexandre Rizzi. Ele foi baleado na última
sexta-feira (12) e continua internado na Unidade de Tratamento Intensivo
do Hospital Metropolitano de Ananindeua.
No último boletim médico divulgado neste
domingo, os médicos afirmam que, no sábado (13), “foram realizados todos
os procedimentos cirúrgicos. O quadro dele é estável hemodinamicamente e
sem previsão de alta médica intensiva”.
Gilvandro Furtado disse que até agora “só
sabemos as circunstâncias em que ocorreu o crime” e que os executores
também ainda não foram identificados. Mas ele afirmou que conta com uma
equipe completa da Divisão de Homicídios, formada por investigadores e
um escrivão, e ainda com o apoio de equipes da Superintendência da
Polícia Civil de Castanhal e do Grupo de Pronto Emprego (GPE).
Os policiais estão fazendo incursões
nas matas para onde os criminosos fugiram. O delegado afirmou “que é
possível que eles ainda estejam por lá, mas eu não posso afirmar porque a
área é muito grande e possui muitos ramais que dão acesso a rodovias que levam a São Caetano e Santa Isabel”.
O magistrado foi baleado nas costas, dentro
do próprio sítio em Vigia, nordeste do Estado. O crime teria sido
cometido por dois homens que invadiram a propriedade e o renderam,
juntamente com o caseiro do sítio, às margens de um igarapé. Os
criminosos conseguiram fugir logo após os disparos. Os primeiros
atendimentos médicos ao juiz foram feitos no hospital municipal de
Vigia. Em seguida, ele foi transferido de helicóptero para o Hospital
Metropolitano de Ananindeua.
A princípio, sabe-se que os bandidos procuravam por armas na casa e não teriam encontrado.
A esposa do juiz e o caseiro já foram ouvidos em depoimento. A polícia
já sabe que os acusados portavam duas espingardas e depois do crime
tentaram fugir no carro do juiz, mas não conseguiram.
A Associação dos Magistrados Brasileiros
(AMB) e a Amepa emitiram nota de repúdio contra o atentado e destacaram
que esta é a segunda vez que um magistrado é alvo da violência, mais
precisamente de um atentado contra a vida, o que acaba por comprovar que
há falhas na política de segurança pública do Pará.
(Diário do Pará)//magnopolêmico
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