terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Comerciante foi assassinado por dois militares

Comerciante foi assassinado por dois militares

Comerciante foi assassinado por dois militares (Foto: Marcos Santos)
Conforme o DIÁRIO DO PARÁ havia informado na semana passada, dois militares do Exército Brasileiro são acusados de matarem asfixiado e queimado o comerciante Antônio Junior Moraes da Silva, 29, no dia 06 de novembro deste ano. A vítima era ex-militar das Forças Armadas, mas atualmente, além de ser comerciante, emprestava dinheiro a juros. Uma dívida que o cabo Laurentt Ricardo de Souza Pereira e o soldado Fabiano de Jesus Mattos Raiol, ambos com 22 anos de idade, possuíam com Antônio teria motivado o assassinato.
Após 25 dias da morte do comerciante, que era investigada pela Divisão de Homicídios, tendo à frente a delegada Maria Lúcia Santos, o inquérito foi concluído com a elucidação do caso, a prisão dos envolvidos e motivação do crime esclarecida. Segundo as investigações, o crime foi premeditado e aconteceu no início daquele dia, quando a vítima foi atraída pelos militares até a rua Manoel Evaristo, no bairro do Telégrafo. Sem saber do plano, Antônio seguiu ao encontro dos colegas. Raiol é apontado como quem o asfixiou com um cinto dentro do carro da vítima, que ainda tentou se defender. Após matá-lo, os criminosos não sabiam o que fazer com o cadáver, foi quando compraram gasolina, conduziram o carro até a mata da estrada da Ceasa e atearam fogo com o cadáver dentro.
“Trabalhamos com todos os meios de investigação. O vídeo divulgado na internet que mostrava a vítima lutando para sobreviver condiz com a verdade. O Comando Militar do Norte foi parceiro e muito importante no repasse de informações. Para nós, o caso já está elucidado. Antônio foi assassinado por conta de dívidas. Os assassinos deviam e dolosamente resolveram matá-lo”, afirmou Cláudio Galeno, diretor da Divisão de Homicídios. De acordo com o delegado, o cabo e o soldado estão ativos.
Maria Lúcia Santos, responsável pelo caso, esclareceu que os militares deviam certa quantia para a vítima, valor que varia entre R$ 6 a R$ 9 mil, há pelo menos dois anos e esse valor nunca teria sido pago integralmente. “A vítima fez uma investigação paralela da família deles e passou ameaçá-los caso a dívida não fosse totalmente quitada. Isso culminou para que eles arquitetassem a morte de Antônio”, detalhou.
A delegada explicou ainda que o cabo Laurentt permanece no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, pois ele teria ateado fogo no carro, mas estava sujo de combustível e no momento em que tentou destruir o caderno dos devedores que a vítima possuía, acabou atraindo chamas para o próprio corpo. Laurentt sofreu queimaduras de terceiro grau e segue internado sem previsão de alta. Raiol foi localizado pela Polícia Civil no momento em que seguia para o trabalho, por volta das 13h. Levado para a DH, ele prestou depoimento para a Polícia Civil, confessou o crime e disse estar arrependido, segundo revelou a delegada Maria Lúcia. Agora ambos os militares estão sob responsabilidade do Exército que deverá puni-los conforme a legislação militar.
(Diário do Pará)              magnopolêmicoalertacontra o crime!!!

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