Rafael Correa é reeleito presidente do Equador no 1º turno
Conselho Nacional Eleitoral confirmou vitória após apurar 40% das urnas.
Vitória foi dedicada ao aliado Hugo Chávez.
O presidente do Equador, Rafael Correa
venceu as eleições presidenciais realizadas no país neste domingo (17),
confirmando as pesquisas de intenção de voto e boca de urna, que davam a
vitória a Correa com mais de metade dos votos válidos.Segundo resultados parciais, Correa recebeu 57% dos votos, o que lhe garantiu a vitória já no primeiro turno. Reeleito, o presidente, que está no poder desde 2007, ficará no poder pelos próximos quatro anos.
"Esta revolução ninguém para, estamos fazendo história. Estamos construindo a pátria pequena e a pátria grande. Obrigado por esta confiança, nunca lhes faltaremos, esta vitória é de vocês", disse Correa aos simpatizantes na Praça Grande.
Pelas leis eleitorais do país, para garantir uma vitória no primeiro turno é necessário obter 50% do total de votos, ou 40% mais uma margem de 10 pontos sobre o segundo colocado.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) confirmou os resultados da boca urna e deu a vitória a Correa, após apurar cerca de 40% dos votos. "A possibilidade de aumento ou diminuição significativa do candidato à reeleição é impossível" assegurou o presidente do CNE, Domingo Paredes em uma entrevsta á uma emissora estatal equatoriana, segundo a agência EFE.
Mesmo antes dos resultados oficiais serem divulgados, o presidente reeleito já comemorou ao saber que, pela boca de urna, tinha cerca de 61% da intenção de votos, muito à frente do adversário mais próximo, Guillermo Lasso, que obteve 21% dos votos.
Correa "triunfou, conseguiu a reeleição e isto merece nosso respeito e reconhecimento, vamos felicitá-lo e a sua organização por terem conseguido isto", disse Lasso em um discurso em Guayaquil (sudoeste), no qual admitiu a derrota.
A eleição, que se desenrolou sem maiores inconvenientes no país andino, é vista como um referendo sobre a popularidade do único presidente que completou um mandato presidencial no Equador nos últimos 20 anos, em um país repetidamente golpeado por crises econômicas e políticas.
Para o presidente eleito, também é importante ganhar a maioria na Assembleia Nacional com 137 assentos, que perdeu após antigos aliados passarem para a oposição. Isso lhe permitiria aprovar com facilidade novas reformas para consolidar sua agenda socialista.
O banqueiro adversário direitista Guillermo Lasso reconheceu a vitória do presidente eleito, que ficará à frente do poder pelos próximos quatro anos. “É das pessoas decentes como são são vocês, como minha família e meus colaboradores, conhecer o triunfo dos outros, e esta noite quero reconhecer a vitória do presidente Rafael Corre”, disse Lasso em um discurso na cidade de Guayaquil.
17/02/2013 22h55
- Atualizado em
18/02/2013 07h24
Rafael Correa é reeleito presidente do Equador no 1º turno
Conselho Nacional Eleitoral confirmou vitória após apurar 40% das urnas.
Vitória foi dedicada ao aliado Hugo Chávez.
O presidente do Equador, Rafael Correa
venceu as eleições presidenciais realizadas no país neste domingo (17),
confirmando as pesquisas de intenção de voto e boca de urna, que davam a
vitória a Correa com mais de metade dos votos válidos.
Segundo resultados parciais, Correa recebeu 57% dos votos, o que lhe
garantiu a vitória já no primeiro turno. Reeleito, o presidente, que
está no poder desde 2007, ficará no poder pelos próximos quatro anos.
"Esta revolução ninguém para, estamos fazendo história. Estamos
construindo a pátria pequena e a pátria grande. Obrigado por esta
confiança, nunca lhes faltaremos, esta vitória é de vocês", disse Correa
aos simpatizantes na Praça Grande.
Pelas leis eleitorais do país, para garantir uma vitória no primeiro
turno é necessário obter 50% do total de votos, ou 40% mais uma margem
de 10 pontos sobre o segundo colocado.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) confirmou os resultados da boca
urna e deu a vitória a Correa, após apurar cerca de 40% dos votos. "A
possibilidade de aumento ou diminuição significativa do candidato à
reeleição é impossível" assegurou o presidente do CNE, Domingo Paredes
em uma entrevsta á uma emissora estatal equatoriana, segundo a agência
EFE.
Mesmo antes dos resultados oficiais serem divulgados, o presidente
reeleito já comemorou ao saber que, pela boca de urna, tinha cerca de
61% da intenção de votos, muito à frente do adversário mais próximo,
Guillermo Lasso, que obteve 21% dos votos.
Correa "triunfou, conseguiu a reeleição e isto merece nosso respeito e
reconhecimento, vamos felicitá-lo e a sua organização por terem
conseguido isto", disse Lasso em um discurso em Guayaquil (sudoeste), no
qual admitiu a derrota.
A eleição, que se desenrolou sem maiores inconvenientes no país andino,
é vista como um referendo sobre a popularidade do único presidente que
completou um mandato presidencial no Equador nos últimos 20 anos, em um
país repetidamente golpeado por crises econômicas e políticas.
Para o presidente eleito, também é importante ganhar a maioria na
Assembleia Nacional com 137 assentos, que perdeu após antigos aliados
passarem para a oposição. Isso lhe permitiria aprovar com facilidade
novas reformas para consolidar sua agenda socialista.
O banqueiro adversário direitista Guillermo Lasso reconheceu a vitória
do presidente eleito, que ficará à frente do poder pelos próximos quatro
anos. “É das pessoas decentes como são são vocês, como minha família e
meus colaboradores, conhecer o triunfo dos outros, e esta noite quero
reconhecer a vitória do presidente Rafael Corre”, disse Lasso em um
discurso na cidade de Guayaquil.
Vitória dedicada a Chávez
Uma vitória de Correa ajudaria a fortalecer a liderança de chefes de
Estado socialistas na região, como o boliviano Evo Morales e o uruguaio
José Mujica, ante a ausência do venezuelano Hugo Chávez, o habitual
ícone da esquerda latino-americana que está hospitalizado em Cuba há
mais de dois meses lutando contra o câncer.
Correa dedicou a vitória ao colega e aliado venezuelano que se recupera em Cuba de uma cirurgia contra um câncer.
"Aproveito a oportunidade para dedicar esta vitória a esse grande líder
latino-americano que mudou a Venezuela, comandante Hugo Chávez Frías",
exclamou Correa durante uma entrevista coletiva no palácio presidencial
de Carondelet, no centro colonial de Quito.
O presidente socialista desejou a Chávez "uma pronta recuperação e o
melhor dos futuros para sua queridíssima Venezuela. Eu o admiro muito."
Correa considerou um exagero de um setor da imprensa privada que Chávez
seja apresentado como líder da esquerda latino-americana, e negou ter
interesse em herdar esta influência diante de uma ausência do governante
venezuelano.
"Estamos construindo isso juntos. É a imprensa, são certos grupos, que
colocam Hugo como líder, o caudilho, e que todos estamos atrás, quando
nós que o conhecemos sabemos que ele é a pessoa mais simples do mundo",
afirmou.
Falando em nome de Chávez e de seus colegas de Argentina, Bolívia e
Nicarágua, e dos líderes cubanos - Raúl e Fidel Castro-, Correa afirmou
que "não buscamos nada para nós, e sim estaremos onde formos mais úteis
para nossas pátrias pequenas e para a pátria grande", referindo-se aos
respectivos países e à América Latina.
Sobre o caso do fundador do portal WikiLeaks, o australiano Julian
Assange, asilado na embaixada do Equador em Londres, Correa disse que o
caso deve ser solucionado com rapidez, e que isso depende da Europa. "O
que existe é uma situação diplomática que tem que ser solucionada o mais
rapidamente possível, e tudo está nas mãos da Europa."
'O Equador fez o que deveria fazer no exercício de sua soberania',
insistiu Correa, defendendo a decisão de proteger Assange, a quem a
Grã-Bretanha não concedeu um salvo-conduto para que deixe Londres.
O presidente equatoriano assinalou que "é um caso que foi analisado
profundamente, e ficou evidente que, sim, havia um risco à sua vida. Por
esse asilo, não entendemos por que pode existir um problema entre a
Grã-Bretanha e o Equador."
"Não pode existir um problema por causa de um asilo, isto é neocolonialismo", afirmou Correa.
Trajetória
Economista formado nos Estados Unidos, Correa, de 49 anos, focou seu governo na redução da pobreza e da exclusão social, junto com uma retórica de repúdio ao passado recente do Equador, marcado por recorrentes crises econômicas e institucionais.
Seus opositores, no entanto, o criticam por ter aumentado o controle estatal sobre setores estratégicos, em prejuízo dos investimentos, e de ter se indisposto com os mercados financeiros ao declarar uma moratória da dívida nacional, logo no início do seu primeiro governo. Eles dizem que seu governo teve "sorte" por coincidir com uma fase de alta nos preços do petróleo.
Associado originalmente ao líder venezuelano Hugo Chávez, Correa levantou muitos dos postulados socialistas partilhados -com matizes- por outros países latino-americanos, como Bolívia ou Nicarágua.
Após um governo marcado por duros confrontos com a imprensa, a fragmentada oposição não conseguiu difundir para a população o discurso que qualifica o presidente como radical e autoritário.
Correa busca que seu projeto socialista se torne "irreversível" e promete uma reforma agrária, maior acesso a saúde e educação, ampliação da rede viária e diversificação da economia, para diminuir a dependência em relação ao petróleo.magnopolêmico//adaptado
Economista formado nos Estados Unidos, Correa, de 49 anos, focou seu governo na redução da pobreza e da exclusão social, junto com uma retórica de repúdio ao passado recente do Equador, marcado por recorrentes crises econômicas e institucionais.
Seus opositores, no entanto, o criticam por ter aumentado o controle estatal sobre setores estratégicos, em prejuízo dos investimentos, e de ter se indisposto com os mercados financeiros ao declarar uma moratória da dívida nacional, logo no início do seu primeiro governo. Eles dizem que seu governo teve "sorte" por coincidir com uma fase de alta nos preços do petróleo.
Associado originalmente ao líder venezuelano Hugo Chávez, Correa levantou muitos dos postulados socialistas partilhados -com matizes- por outros países latino-americanos, como Bolívia ou Nicarágua.
Após um governo marcado por duros confrontos com a imprensa, a fragmentada oposição não conseguiu difundir para a população o discurso que qualifica o presidente como radical e autoritário.
Correa busca que seu projeto socialista se torne "irreversível" e promete uma reforma agrária, maior acesso a saúde e educação, ampliação da rede viária e diversificação da economia, para diminuir a dependência em relação ao petróleo.magnopolêmico//adaptado
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