Dilma defende ligação terrestre entre portos e ferrovias de Brasil e Chile.
Presidente falou após reunião com presidente do Chile, Sebastián Piñera.
No evento, Brasil assinou acordo para utilizar a estação antártica chilena.
A presidenta Dilma Rousseff defendeu neste sábado (26), em Santiago do
Chile, uma integração entre portos e ferrovias de Brasil e Chile. Ainda
segundo a presidente brasileira, apesar de não haver fronteira entre os
dois países, a região se beneficiaria com um corredor terrestre
bioceânico, uma integração entre rodovias, ferrovias e portos para ligar
o comércio do Atlântico e do Pacífico.
"E eu queria aqui me referir a dois temas que eu e o presidente
[Sebastian] Piñera tratamos, de forma intensa. Inclusive, o presidente
Piñera providenciou um mapa, e nós discutimos longamente, numa reunião
de trabalho, eu diria, e discutimos essa interligação que torna a nossa
fronteira, os portos, todos os portos do Brasil – Santos, Paranaguá,
enfim, todos os portos do Brasil – e todos os portos chilenos,
fronteiriços. É isso que nós discutimos", disse ela.
A discussão sobre o projeto de um corredor terrestre ligando os dois
países começou a ser discutida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva há quase dez anos.
Para Dilma, a interligação favoreceria, inclusive, o comércio com a
Ásia. "Essa amizade sem limites vira, agora, uma amizade sem fronteiras
também, e aí esse corredor interoceânico rodoviário e o corredor
interoceânico ferroviário ligam dois elementos fundamentais do comércio
do mundo: o comércio do Atlântico e o comércio do Pacífico que,
obviamente, interage com a Ásia", argumentou.
A presidente frisou que há um "forte potencial" econômico entre os dois
países. "É justamente porque nós não temos fronteira, mas estamos em
dois oceanos, que a nossa relação de infraestrutura é estratégica."
Estação antártica
Durante o encontro com o colega chileno, Dilma assinou um tratado de cooperação bilateral que prevê, entre outros pontos, o uso da estação antártica do Chile por militares e pesquisadores brasileiros no período em que a base científica do Brasil estiver sendo reconstruída. Base da Marinha brasileira na Antártica
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