Na última quinta-feira (4), ela deixou o Fórum de Marabá amparada por amigos, após o júri
popular absolver José Rodrigues da acusação de ter sido o mandante do
assassinato do casal de extrativistas Maria do Espírito Santo (sua irmã)
e José Claudio. "O resultado foi para mim como um terceiro sepultamento. Além das mortes de José Claudio e de Maria, eu morri também", disse.
Em contrapartida, os sete jurados condenaram os dois autores materiais do crime: Lindonjonson Silva Rocha foi condenado a 42 anos e oitos meses e Alberto Lopes do Nascimento a 45 anos de prisão.
Os dois condenados já estão detidos desde setembro de 2011, enquanto o
réu absolvido --que também estava detido-- agora está livre e voltou
para o assentamento Para Alta-Piranheira, local onde retomam o convívio a
irmã da vítima e o acusado de planejar o homicídio.
Ameaçada de morte, sem apoio governamental para segurança e hostilizada
por boa parte dos moradores do assentamento onde vive, Laísa embarcou
para Brasília nesta sexta-feira (5), um dia após o júri popular. O medo
dela aumentou depois do júri, já que ela prestou depoimento de acusação,
citando as ameaças que o casal sofria de Rodrigues e as disputas que
travavam no assentamento.
Ao lado de representantes da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, que custeiam a viagem, a professora assentada
vai pedir garantias de vida e tentar manter a luta pela defesa da
Floresta Amazônica no local onde vive.MAGNOPOlÊMICO..
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