Governo Federal
Dilma Vana Rousseff
Nasceu em 14 de dezembro de 1947, na cidade de Belo Horizonte,
capital de Minas Gerais. É filha do imigrante búlgaro Pétar Russév (que
mudou o nome para Pedro Rousseff quando emigrou para o Brasil) e da
professora Dilma Jane da Silva, nascida em Friburgo (RJ). O casal teve
três filhos: Igor, Dilma e Zana.
A filha do meio iniciou os estudos no tradicional Colégio Nossa
Senhora de Sion, de classe média alta, e cursou o Ensino Médio no
Colégio Estadual Central, centro da efervescência estudantil da capital
mineira.
Aos 16 anos, Dilma dá início à vida política, integrando organizações
de esquerda clandestinas de combate ao regime militar, como a
organização Política Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional
(Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).
Às vésperas do golpe militar, em 1964, entra para faculdade de
economia na Universidade Federal de Minas Gerais. Aos 19 anos, casa-se
com o companheiro de militância Claudio Galeno Linhares, união que
terminou pouco depois devido à distância imposta pelas atividades
políticas.
Em 1969, conhece o advogado e militante gaúcho Carlos Franklin Paixão
de Araújo. Casam-se e juntos sofrem com a perseguição da Justiça
Militar. Condenada por “subversão”, Dilma passa quase três anos presa,
entre 1970 e 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista. Lá, é
torturada por agentes da Operação Bandeirante (Oban) e, posteriormente,
do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
Livre da prisão, muda-se para Porto Alegre em 1973. Retoma os estudos
na Universidade Federal do Rio Grande do Sul após fazer novo
vestibular, já que a Universidade Federal de Minas Gerais havia jubilado
e anulado os créditos de alunos que militaram em organizações de
esquerda. Nessa mesma época, Carlos Araújo é libertado e retoma a
advocacia.
Em 1975, Dilma começa a trabalhar como estagiária na Fundação de
Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho. No ano seguinte
dá à luz a filha do casal, Paula Rousseff Araújo.
Dedica-se, em 1979, à campanha pela Anistia, durante o processo de
abertura política comandada pelos militares ainda no poder. Com o
marido, ajuda a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Rio
Grande do Sul. Trabalhou na assessoria da bancada estadual do partido
entre 1980 e 1985. Em 1986, o então prefeito da capital gaúcha, Alceu
Collares, escolhe Dilma para ocupar o cargo de Secretária da Fazenda.
Com a volta da democracia ao Brasil, Dilma, então diretora-geral da
Câmara Municipal de Porto Alegre, participa da campanha de Leonel
Brizola ao Palácio do Planalto em 1989, ano da primeira eleição
presidencial direta após a ditadura militar. No segundo turno, Dilma vai
às ruas defender o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do
Partido dos Trabalhadores (PT).
No início da década de 1990, retorna à Fundação de Economia e
Estatística do Rio Grande do Sul como presidente da instituição. Em
1993, com a eleição de Alceu Collares para o governo do Rio Grande do
Sul, torna-se Secretária Estadual de Minas, Energia e Comunicação.
Em 1994, após 25 anos de casamento, Dilma e Carlos Araújo se
divorciam. Em 1998, inicia o curso de doutorado em Ciências Sociais na
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas, já envolvida na
campanha sucessória do governo gaúcho, não chega a defender sua tese. A
aliança entre PDT e PT elege Olívio Dutra governador e Dilma ocupa, mais
uma vez, a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação. Dois anos
depois, filia-se ao PT.
O trabalho realizado no governo gaúcho chamou a atenção de Luiz
Inácio Lula da Silva. O Rio Grande do Sul foi uma das poucas unidades da
federação que não sofreram com o racionamento de energia a partir de
2001.
Em 2002, Dilma é convidada a participar da equipe de transição entre
os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula
da Silva (2003-2010). Depois, com a posse de Lula, torna-se ministra de
Minas e Energia.
Entre 2003 e 2005, comanda uma profunda reformulação no setor com a
criação do chamado marco regulatório (leis, regulamentos e normas
técnicas) para as práticas em Minas e Energia. Além disso, preside o
Conselho de Administração da Petrobrás, introduz o biodiesel na matriz
energética brasileira e cria o programa Luz para Todos.
Lula escolhe Dilma para ocupar a chefia da Casa Civil e coordenar o
trabalho de todo ministério em 2005. A ministra assume a direção de
programas estratégicos como o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) e o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida.
Coordenou ainda a Comissão Interministerial encarregada de definir as
regras para a exploração das recém-descobertas reservas de petróleo na
camada pré-sal e integrou a Junta Orçamentária do Governo (grupo que se
reúne mensalmente para avaliar a liberação de recursos para obras).
Em abril de 2009, Dilma dá início ao tratamento de um câncer
linfático, que é completamente eliminado em setembro do mesmo ano. A
doença estava em estágio inicial e foi combatida com tratamento de
quimioterapia.
Em março de 2010, Dilma e Lula lançam o Programa de Aceleração do
Crescimento 2 (PAC 2), que amplia as metas da primeira versão do
programa. No dia 03 de abril do mesmo ano, Dilma deixa o Governo Federal
para poder se candidatar à Presidência. No dia 13 de junho, o PT
oficializa a candidatura da ex-ministra.
No segundo turno das eleições, realizado em 31 de outubro de 2010,
aos 63 anos de idade, Dilma Rousseff é eleita a primeira mulher
presidente da República Federativa do Brasil, com quase 56 milhões de
votos.
MAGNOPOLEMICO-ATUALIZADO
MAGNOPOLEMICO-ATUALIZADO
Nenhum comentário:
Postar um comentário