quarta-feira, 30 de maio de 2012


Lúcio Flávio ganha o Prêmio Vladimir Herzog

Quarta-Feira, 30/05/2012, 10:46:32 - Atualizado em 30/05/2012, 10:48:49
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O jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto recebeu ontem a informação de que é o ganhador da 34ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, ao lado de Alberto Dinis.
“Esse prêmio tem quatro pontos que devem ser destacados. O primeiro é que as pessoas não se escrevem. O segundo, é que normalmente eles concedem por uma matéria e no meu caso foi com base nos meus 46 anos de profissão. O terceiro, é que pela primeira vez foi concedido para duas pessoas. E o quarto, é que as escolhas foram decisões unânimes entre as 11 instituições”, ressaltou Lúcio Flávio Pinto.
O jornalista também ressaltou que a escolha de Alberto Dinis, que está completando 80 anos, foi de extrema importância.
“Ele ajudou muito na divulgação do meu Jornal Pessoal no Observatório da Imprensa”, disse Lúcio.
A premiação será no dia 23 de outubro, no Teatro da Universidade Católica (Tucá), em São Paulo.
No comunicado, a curadora do prêmio, Ana Luisa Zaniboni, atesta que a “trajetória corajosa de Lúcio é motivo de orgulho para todos os jornalistas brasileiros”.
Prêmio
O prêmio é concedido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, desde 1979, a profissionais e veículos de comunicação que se destacaram na defesa da cidadania e dos direitos humanos e sociais.
Em 2005 foi instituído o Prêmio Vladimir Herzog de Novos Talentos do Jornalismo, voltado para estudantes.
Vladimir Herzog
O jornalista Vladimir Herzog foi encontrado morto, aos 38 anos, supostamente enforcado, nas dependências do 2ª Exército, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975. Ele era casado, pai de dois filhos e diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo.
No dia seguinte à sua morte, o comando do Departamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão de repressão do exército brasileiro, divulgou uma nota oficial informando que Herzog havia cometido suicídio na cela em que estava preso.
Entretanto, a versão oficial da morte foi contestada pelos movimentos sociais de resistência à ditadura militar e uma semana depois, cerca de oito mil brasileiros participaram de uma missa ecumênica organizada por D. Paulo Evaristo Arns, pelo reverendo James Wright e pelo rabino Henri Sobel.
Três anos depois, no dia 27 de outubro de 1978, o processo movido pela família do jornalista revelou a verdade e a União foi responsabilizada pelas torturas e pela morte do jornalista. Foi o primeiro processo vitorioso movido por familiares de uma vítima do regime militar contra o Estado.
(DOL)

segunda-feira, 28 de maio de 2012




Fora do radar do governo, País tem 700 mil famílias em 'extrema pobreza'



Um ano atrás, o governo federal pôs em andamento uma operação para localizar os chamados miseráveis invisíveis do Brasil - aquelas famílias que, embora extremamente pobres, não estão sob o abrigo de programas sociais e de transferência de renda, como o Bolsa Família. Na época, baseado em dados do IBGE, o Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu como meta encontrar e cadastrar 800 mil famílias até 2013. Na semana passada, porém, chegou à mesa da ministra Tereza Campello, em Brasília, um número bem acima do esperado: só no primeiro ano de busca foram localizadas 700 mil famílias em situação de extrema pobreza e invisíveis.
Considerando apenas o chefe da família, isso corresponde à população de João Pessoa (PB). Se for levada em conta toda a família, com a média de quatro pessoas, é uma Salvador inteira que estava fora dos programas.
O resultado da operação, conhecida como busca ativa, também surpreende pelas características dessa população: 40% das famílias invisíveis estão em cidades com mais de 100 mil habitantes. Com o desdobramento e a análise das estatísticas, é provável que se constate que a maioria dos miseráveis invisíveis não estão nos grotões das regiões Norte e Nordeste, como quase sempre se imagina, mas na periferia dos centros urbanos.
'Estamos falando de famílias extremamente pobres que até agora não faziam parte do cadastro único do governo federal e por isso não eram vistas na sua integridade, de acordo com suas necessidades e carências', observa a ministra Tereza Campelo. 'Podiam ter filhos na escola, mas não tinham acesso ao básico dos programas sociais, como o Bolsa Família, a tarifa social de energia elétrica e outras ações.'
Para chegar a essas pessoas o ministério partiu do princípio de que, por algum motivo, elas não conseguiam chegar aos serviços de assistência social das prefeituras e pedir a inscrição no cadastro único. 'Era preciso sair dos escritórios. Mobilizamos prefeituras, agentes de saúde, empresas de distribuição de energia elétrica', conta Tereza. 'As prefeituras estão sendo remuneradas por esse trabalho.'
Acidentado. Em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, a assistente social Marisa Lima foi uma dessas agentes mobilizadas para caçar os invisíveis. Em janeiro deste ano ela estava trabalhando na Unidade Básica de Saúde Municipal do Centro, na Avenida dos Coqueiros, quando apareceu por lá Raimundo Marques Ferreira, pintor de paredes, de 52 anos.
Buscava remédios e assistência médica, rotina que segue desde 2007 quando sofreu um acidente de trabalho. Caiu num fosso de elevador e teve os movimentos motores do lado esquerdo do corpo comprometidos. Como não era registrado e a empresa fechou as portas após o acidente, ficou sem nenhum tipo de cobertura. Os laudos médicos, que guarda presos com um elástico, indicam que também sofre com depressão e problemas neurológicos.
Separado, Ferreira mora com quatro filhos num cômodo de pouco mais de 30 metros quadrados, no fundo de um quintal, na Vila Zazu, bairro pobre de Franco da Rocha. É uma casa limpa, mas úmida e escura, erguida rente a um barranco ameaçador. Na época das chuvas, Ferreira sempre é visitado pela Defesa Civil, que insiste para que abandone o lugar. 'Sair para onde?', indaga. 'Aqui eu não pago aluguel.'
Não sabia como fazer. No centro de saúde, abordado pela assistente social, o pintor contou que 'já tinha ouvido falar' do Bolsa Família, mas não sabia se tinha direito, nem como se inscrever. Hoje recebe R$ 102 por mês, que usa sobretudo para pagar as contas de água e luz e comprar alguma comida. Dois de seus filhos, com 16 e 13 anos, foram inscritos no Ação Jovem, do governo estadual, que garante R$ 80 por mês, desde que frequentem a escola.
Agora a assistência social orienta Ferreira para que obtenha uma aposentadoria por invalidez, no valor de um salário mínimo, no INSS. Se conseguir, ele quer ampliar a casa onde mora e investir em cursos de informática para os filhos menores. Ele tem o olhar triste e fala em voz baixa, com modos tão humildes que dá a impressão de assustar-se com o mundo à sua volta. FONTE:/Estadão--MAGNO

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Polícia investigará desaparecimento de bonecos

Sexta-Feira, 18/05/2012, 11:22:37 - Atualizado em 18/05/2012, 12:31:02
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Polícia investigará desaparecimento de bonecos (Foto: Daniel Pinto)
(Foto: Daniel Pinto)
Procurada pela reportagem do DOL para saber sobre o desaparecimento dos bonecos que reproduzem guardas da Companhia de Transportes do Município de Belém  (CTBel) nas obras do BRT, na avenida Almirante Barroso, em Belém, a assessoria de comunicação do órgão informou que já foi registrada ocorrência para investigar o sumiço dos bonecos, que não estão mais na via desde ontem (17).
"Eles não foram retirados pela CTBel. Já foi registrada uma ocorrência para saber quem sumiu com os displays", informou a assessoria. Os três bonecos que auxiliavam o trânsito nas proximidades das obras da BRT foram furtados.
FANPAGE
Além do destaque dado aos bonecos no site Folha.com e da criação de um perfil no Twitter, oboneco da CTBel também ganhou uma fanpage  (página de fãs): páginas criadas no Facebook para que organizações, empresas, celebridades e bandas transmitam informações ao seus seguidores ou ao público que escolher se conectar a elas. Nomeada "Obama do BRT Belém" a fanpage foi criada ontem (17) e está sendo utilizada como instrumento de protesto contra as obras da BRT.
Dentre as formas de manifestação utilizadas pelo proprietário da conta está a realização de diversas montagens com o boneco da CTBel. Na página também estão sendo postadas as notícias publicadas sobre o BRT. (DOL)

Sessão vai debater o abandono dos índios do Pará


O resgate da memória e a efetiva garantia da dignidade dos povos indígenas do Pará deverão ser debatidos numa sessão especial proposta pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), na quarta-feira, 9, na Assembléia Legislativa do Estado.  “As aldeias Jeju e Areal do povo Tembé, no município de Santa Maria do Pará, Nordeste Paraense, por exemplo, se transformaram num amontoado de índios abandonados pelo poder público municipal, estadual e federal. Ainda temos a ameaça contra 24 etnias de 30 terras indígenas na Bacia do Xingu, sendo 12 no Mato Grosso e 18 no Pará, que serão, direta ou indiretamente, afetadas à medida que a fauna e a forem alterados pela usina de Belo Monte”, justificou o psolista.

Edmilson lembrou que foi aprovada a Declaração das Nações Unidas sobre Direitos dos Povos Indígenas, em assembléia geral da ONU, na cidade de Nova Iorque, em 2007. O documento reflete as reivindicações dos povos indígenas em todo o mundo acerca da melhoria de suas relações com os Estados nacionais, que serve para estabelecer parâmetros mínimos para outros instrumentos internacionais e leis nacionais. Na declaração constam princípios como a igualdade de direitos e a proibição de discriminação, o direito à autodeterminação e a necessidade de fazer do consentimento e do acordo de vontades o referencial de todo o relacionamento entre povos indígenas e Estados nacionais.

O requerimento para realizar a sessão especial foi formalizado na mesma data. O documento será votado pelos demais deputados. Serão convidados para o evento, a Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Pará, Movimento Xingu Vivo Para Sempre, Ministério Público Estadual e Federal; Defensoria Pública do Estado e da União, governo do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
 ADAPTADO. MAGNO -  AGLICIOMAGNO@GMAIL.COM

QUARTA-FEIRA, 16 DE MAIO DE 2012


Em defesa de um trânsito humanizado para Belém



Sempre atento aos direitos humanos, o deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSol) participou nesta quarta-feira, 16, de uma audiência pública para discutir violência no trânsito. "O Brasil precisa repensar o modelo industrial que ele adotou ao longo de sua história e que está refletindo, hoje, num trânsito caótico, como o de Belém, com uma frota cada vez maior, inviabilizando a mobilidade e a qualidade de vida das pessoas", destacou o deputado, acrescentando que é preciso lutar para melhorar o trânsito da cidade, fazendo o uso de soluções técnicas adequadas como o uso de trens e outras soluções. A audiência foi realizada a pedido do deputado estadual Edilson Moura (PT) e reuniu representantes do sistema de Segurança Pública do Estado e da sociedade civil.


Edmilson destacou que o modelo industrial adotado no país relaciona a comprade um carro à melhoria de vida, a status. "Isso tudo somado aos incentivos fiscais dados pelo governo contribuem para a situação que temos hoje", avaliou o deputado psolista, acrescentando que é preciso romper com esse modelo industrial e implementar políticas públicas que pensem nos ciclistas e pedestres e que também dê atenção ao transporte público, que está em péssimas condições em Belém. Em todos os pronunciamentos feitos pelas autoridades de segurança pública, especialistas e sociedade civil foi destacada a má qualidade do transporte público, sobretudo na capital paraense.

Representantes da sociedade ciiviil, como Iranildes Russo, coordenadora do Movida, destacaram também o sofrimento dos familiares de vítimas no trânsito. Ela pediu que as leis sejam mais rígidas para punir os condutores que ingerem bebida alcoólica e matam pessoas no trânsito. "Precisamos punir de forma mais severa quem faz vítimas no trânsito porque do jeito que está hoje, esses fatos são vistos como 'fatalidades' e não como crimes", criticou Iranildes, que também apresentou aos presentes na audiência um vídeo com depoimentos de familiares de vítimas no trânsito.

Assessoria de imprensa

ONDE O BRT DEU CERTO?. É UM PROJETO
QUE VAI VIABILIZAR O TRANPORTE EM BELÉM.
Se existe uma certeza na comunidade técnica é a de que uma rede de metrô, integrada com outras modalidades de transporte urbano, é o que se pode ter de melhor numa cidade com mais de 1 milhão de habitantes – a nossa Salvador e sua região metropolitana já ultrapassam 3 milhões… As grandes metrópoles mundiais construíram suas redes, há mais de um século, a exemplo de Londres, Paris, Buenos Aires, Moscou e Nova York. Londres chegou a ter trens subterrâneos movidos a carvão, para desespero dos lordes e ladies que usavam vestimentas mais claras. Com o advento dos motores a eletricidade, no início do século passado, trens subterrâneos (metrôs) e bondes passaram a circular no subsolo e nas superfícies das vias, aí ocupando o lugar de charretes e carruagens.

Surge, então, o motor de combustão interna, movido a derivados de petróleo, viabilizando assim os automóveis e ônibus que nos acompanham até hoje. No caso dos veículos de transporte coletivo, os ônibus chegaram trazendo baixos custos de operação e flexibilidade nos roteiros pré-estabelecidos, já que podiam compartilhar o sistema viário de superfície com os veículos individuais. Isso facilitou, sobremaneira, o atendimento das novas demandas das cidades que cresciam e se espalhavam com muitavelocidade, gerando uma demanda por transporte, difícil de ser atendida pelos sistemas ferroviários urbanos, de implantação lenta e custos elevadíssimos.

Surge, então, o motor de combustão interna, movido a derivados de petróleo, viabilizando assim os automóveis e ônibus que nos acompanham até hoje. No caso dos veículos de transporte coletivo, os ônibus chegaram trazendo baixos custos de operação e flexibilidade nos roteiros pré-estabelecidos, já que podiam compartilhar o sistema viário de superfície com os veículos individuais. Isso facilitou, sobremaneira, o atendimento das novas demandas das cidades que cresciam e se espalhavam com muitavelocidade, gerando uma demanda por transporte, difícil de ser atendida pelos sistemas ferroviários urbanos, de implantação lenta e custos elevadíssimos.

Enquanto isso, os veículos privados, notadamente os automóveis, caíram no gosto popular pela comodidade operacional, status social e preços acessíveis, a ponto de, nos dias atuais, estarem se transformando numa verdadeira praga urbana em termos de congestionamentos, poluição ambiental, uso privado de espaços públicos para estacionamento e, acima de tudo, inviabilizando a cada dia a operação dos transportes coletivos que compartilham o sistema viário.

Diante do impasse que já vinha se caracterizando desde os anos 1970, a criatividade brasileira reinventou uma forma de extrair do prosaico ônibus um desempenho operacional bastante superior a todas as tecnologias disponíveis para o transporte urbano, com exceção obviamente, do metrô pesado que reina sozinho nas faixas de demanda superiores a 50 mil passageiros por hora e por sentido. Trata-se do BRT, sigla inglesa do Bus Rapid Transit, ou seja, transporte rápido de alta capacidade por ônibus.

De Curitiba, cidade em que a ideia foi concebida e implantada,até Bogotá, onde brasileiros e colombianos, ingleses e franceses aperfeiçoaram o sistema, consolidando inclusive a sigla BRT para esta tecnologia, resultou nos dias atuais cerca de 160 projetos em todo o mundo. Alguns em funcionamento, outros em construção e outros, inclusive aqui em Belém, em fase de iniciação. O mais interessante é que, na virada do milênio, o Brasil já pode se orgulhar de deter uma tecnologia de transporte urbano de alta capacidade, que pode ser implantada a custos praticáveis e em tempo recorde.

O Brasil já dispõe de consultorias experientes de planejamento e projetos de BRTs, empreiteiras preparadas para grandes obras, veículos especiais de grande capacidade sobre pneus, tecnologia de bilhetagem eletrônica e controle operacional via GPS e GPRS, além de operadores da logística urbana competentes, todos forjados na realidade brasileira, com resultados testados e consagrados em diversos países.

Não é por acaso que Londres prepara-se para as olimpíadas de 2016 incluindo o BRT como fator de mobilidade e de expansão da rede de transporte, seguindo exemplo de Xangai, Los Angeles, Nova York, Bogotá, Santiago, Cidade do México, dentre outras. Também não é por acaso que, além do presidente Lula, apenas o arquiteto brasileiro Jaime Lerner foi escolhido para figurar na lista da revista Time como uma das personalidades que exercem influência no mundo atual, “pelo seu maravilhoso legado para a sustentabilidade urbana”, segundo o prefeito de Vancouver-Canadá, em declaração àquela revista.
AGLICIOMAGNO@GMAIL.COM
FONTE:/BAHIA EM MOVIMENTO ADAPTADO:-MAGNO

Curitiba é destaque no programa Cidades Sustentáveis

 Você sabia que existe uma rede de cidades na América Latina que busca uma atuação justa, democrática e sustentável através da convivência com seus cidadãos e desenvolvimento de políticas públicas adotadas por seus governos?
Elas formam o programa Cidades Sustentáveis, com representantes na Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Venezuela, México e Brasil, cuja sua principal representante é Curitiba.
Desde os anos 60, a capital do Paraná adotou um Plano Diretor com o foco em transformar a cidade em um lugar melhor para viver, para isso passou a adotar um crescimento sustentável e a integração da região metropolitana de Curitiba.
Com o objetivo de garantir em longo prazo uma boa qualidade de vida aos moradores, com inclusão social, bons equipamentos públicos e sustentabilidade do ambiente urbano, a cidade investiu na eficiência do transporte público, ciclovias, ocupação do solo e desenvolvimento da habitação. Com isso tornou-se referência no urbanismo ecológico.
Isso se reflete nas atitudes de seus moradores. Cerca de 70% de todo o lixo é reciclado e voluntários já plantaram mais de 1,5 milhões de árvores ao longo das ruas.
Se a sua cidade não faz parte desta rede, vale à pena ficar de olho nos programas e adotar as atitudes que são possíveis transformar no seu dia a dia.  Magno agliciomagno@gmail.com
 
 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fraude com precatórios envolve desembargadores no RN é muita sacanagem!Deveriam mandar toda essa quadrilha para os presídio estaduais aqui do  pará onde muitos presos já puxaram suas penas é continuam presos é muita canalhices. Merda que país é esse.




Uma fraude em pagamentos de precatórios teria bancado diárias de até 11 mil euros em hoteis de luxo em Paris, compra de seis carros avaliados em R$ 1 milhão e a construção de uma pousada à beira-mar. O esquema, segundo investigação do Ministério Público, foi organizado dentro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. 

Os gastos teriam sido feito pelo casal Carla Ubarana, 41, e pelo marido George Leal, 45. Carla foi chefe por cinco anos da divisão responsável pelos pagamentos dos precatórios. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o casal disse em depoimento que os desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro ficaram com a maior parte dos desvios e eles ficaram somente com 30%. 

O casal negociou delação premiada e disse que gastos com diárias nas viagens internacionais chegaram a R$ 1,2 milhão. Além disso, o casal comprou cinco terrenos avaliados em R$ 3 milhões em Baía Formosa (97km de Natal), onde contruiu uma pousada. 

O esquema teria lucrado em cima de rendimentos de contas que recebiam os recursos provenientes de dívidas de precatórios devidos pelo Estado e pela capital. Os primeiros da lista, que tem 1800 pessoas, aguardam há pelo menos 12 anos. 

O casal está em prisão domiciliar na casa de luxo que moram em um bairro nibre de Natal. 

MAGNO


Fotos de Carolina Dieckmann nua são vendidas em bancas de camelô

Segundo a coluna de Ancelmo Gois do jornal “O Globo” deste domingo, 13, As   de Carolina Dieckmann nua estão sendo vendidas em camelôs do centro Centro do Rio de Janeiro.
As fotos vendidas no camelô ão as mesmas que vazaram na internet na  tarde da sexta-feira, 4. Como as fotos foram deletadas dos site pornôs que estavam hospedadas, alguns internautas passaram a hospedar as fotos em sites de compartilhamento.
Carolina Dieckmann alega que foi vitja de chantagem e que os criminosos cobraram R$ 10 mil reais para não publicar as fotos. Na última sexta-feira, 11, o advogado da atriz, Antonio Carlos de Almeida Castro, anunciou que a atriz desistiu de processar o site de buscas Google. A defesa de Carolina Dieckmann informou que o Google entrou em contato e esclareceu o caso das fotos íntimas.
ADAPTADO:-MAGNO 14/05/2012-agliciomagno@gmail.com

Recall do Apocalipse: achado mural maia que adia o fim do mundo pra bem depois de 2012

Se você é comprador compulsivo e adepto de teorias conspiratórias, vai um aviso amigo: talvez não seja boa ideia jogar todos seus gastos no cartão de crédito com base na teoria de que o mundo acaba este ano.
É que um time de arqueólogos acaba de achar na cidade de Xúltun, na Guatemala, um mural maia que contradiz a história de que o mundo vai pro brejo em 2012
Segundo os pesquisadores, os hieróglifos até então inéditos estimam que a Terra ainda duraria mais de 7.000 anos. 
Ou seja, pare de gastar como se não houvesse amanhã, ou o fim pode estar próximo... mas não o do planeta. Previna-se.
(Insira aqui a inevitável piada "ha ha quem fez o calendário maia era parente do Tim Maia, por isso o fim do mundo deu o cano")

Sylvester Stallone em pintura de 500 anos no Vaticano

Ele fez muito filme de porrada e até um pornô, mas garantiu seu lugarzinho na sede da igreja católica (caramba, olha o Rambo vestido de coroinha bem na esquerda da imagem acima) . Pelo menos, é o que acredita o norte-americano Anthony Zonfrell.
Em viagem à Europa, o estudante de 20 anos não acreditou quando visitava a "Stanza Della Segnatura" no Vaticano e localizou o rosto do ator Sylvester Stallone em um afresco que representava a corte do papa Gregório 9.
"Nossa, é igualzinho ao Sylvester Stallone", foi a reação de Anthony. Ele postou na Internet a comparação e recebeu 700 mil acessos, e ninguém conseguiu discordar.
A pintura é de autoria do renomado pintor renascentista Rafael (Raffaello Sanzio) e foi realizada em 1511, ou seja, mais de 500 anos atrás. A semelhança entre o modelo representado e o ator ítalo-americano é impressionante.
ASSASSINO CONFESSO DE CHACINA EM GÓIAS E POLICIAS MORRERAM APÓS QUEDA DE HELICÓPTERO
Um helicóptero da Polícial Civil, que acompanhava a reconstituição da chacina em Doverlândia, a 412 quilômetros de Goiânia, caiu na tarde desta terça-feira (8) provocando a morte de oito passageiros, cinco deles delegados de polícia. O autor dos assassinatos, Aparecido Sousa Alves, 22, está entre as vítimas.
O acidente provocou a morte de cinco agentes da Polícia Civil, Jorge Moreira (titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas), Antônio Gonçalves (superintendente da Polícia Judiciária), Osvalmir Carrasco (chefe do Grupo Aeropolicial, que pilotava o helicóptero), Vinícius Batista (titular da Delegacia de Iporá e responsável pelo inquérito da chacina) e Bruno Carneiro (chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial e co-piloto), e de dois peritos, os primos Fabiano de Paula Silva, lotado em Iporá, e Marcel de Paula Oliveira, lotado em Quirinópolis.
O resgate dos corpos está sendo realizado pelo Corpo de Bombeiros. O local é de difícil acesso e não há previsão para a conclusão da operação. Os motivos da queda estão sob investigação. Segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil, o helicóptero estava com a revisão em dia, que havia sido feita ontem (7).
ADAPTADA EM 14/05/2012-MAGNO

terça-feira, 8 de maio de 2012


coronel assassino em cana

Coronel Pantoja se entregou após Justiça pedir prisão.
Ele foi condenado por massacre em Eldorado dos Carajás, em 1996

Do G1 PA
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Coronel Mário Pantoja (Foto: Cristino Martins / O Liberal)Cel. Mário Pantoja (Foto: Cristino Martins / O Liberal)
O coronel da PM Mário Colares Pantoja foi preso nesta segunda-feira (7) no Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves, que fica em Santa Izabel, no nordeste do Pará. Pantoja se apresentou espontaneamente após o juiz da 1ª Vara do Tribunal de Justiça do Pará ter determinado, na manhã desta segunda feira, a prisão do coronel e do major José Maria Pereira de Oliveira. Ambos foram condenados pela morte de 19 trabalhadores rurais sem-terra em 1996.
Pantoja estava em liberdade por conta de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitia que tanto ele quanto o major José Maria recorressem das sentenças em liberdade. Porém, em abril deste ano as condenações transitaram em julgado, fase que não permite mais recursos, e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará expediu o mandado de prisão.
Além de Pantoja, o tribunal também expediu mandado de prisão contra o major José Maria Pereira de Oliveira, que ainda não se apresentou ao sistema penitenciário. Segundo o advogado de Oliveira, Arnaldo Gama, o major aguarda a notificação oficial da sua prisão, e avisa que irá recorrer da decisão. "Houve uma decisão do ministro Félix Fischer (do Superior Tribunal de Justiça) que, no nosso entendimento, ainda não foi publicada. Portanto, não há transitado em julgado, e cabe recurso", afirma.
MST
Mais cedo, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pará, Ulisses Manaças, comemorou a determinação da prisão. "O MST está entusiasmado com a decisão judicial. Mesmo sendo um fato antigo, o massacre é emblemático para o MST e para os direitos humanos", afirmou.
Para Manaças, a prisão do major e do coronel pode representar uma mudança em relação à impunidade no campo. "Por mais que você tenha um quadro que demonstra a dificuldade do Judiciário em atuar, isso dá forças para você ter uma mudança de comportamento que fortalece a luta por justiça e direitos humanos", avaliou.
Em entrevista ao G1, o advogado do MST Ney Strozake também celebra a decisão. “Finalmente foi feita justiça neste caso, com o decreto da prisão ao menos dos comandantes do massacre. Esse decreto era esperado na verdade desde o dia seguinte ao massacre. Infelizmente não há expectativa de novas prisões e seria muito difícil, neste momento, identificar aqueles que realmente efetuaram os disparos, mas esperamos que as prisões dos comandantes sirvam como exemplo para evitar novos casos”, diz Strozake.
O Massacre de Eldorado
Mario Pantoja era o comandante da operação da Polícia Militar encarregada de liberar o tráfego no trecho conhecido como "Curva do S" na rodovia PA 150, no sul do Pará. O local estava ocupado por cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais ligados ao MST, que reinvindicavam terras para a reforma agrária. O confronto com policiais ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, e além de bombas de gás lacrimogêneo a polícia atirou contra os manifestantes.
Dos 155 policiais que participaram da ação, Mário Pantoja e José Maria de Oliveira, comandantes da operação, foram condenados, a penas que superaram os 150 anos de prisão. Eles respondiam em liberdade, por força de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, concedido em 2005.
 adptado:-MAGNO\/agliciomagno@gmail.com

sexta-feira, 4 de maio de 2012


Os nove dias de greve em Belo Monte. Um depoimento. Entrevista especial com Roberto Ruy Rutowitcz Netto

“É difícil para os trabalhadores que moram em outro estado ficarem seis meses trabalhando em uma atividade que, de certa forma, é penosa, sem poder ver a família”, afirma o procurador do Ministério Público do Trabalho, comentando a situação vivida pelos trabalhadores que constroem a usina hidrelétrica de Belo Monte.
“Sob o prisma da Justiça, diria que a greve é justa, mas sob o prisma do Direito, é uma greve ilegal”. É com estas palavras que o procurador do Ministério Público do Trabalho, Roberto Ruy Rutowitcz Netto, avalia o desfecho da greve dos trabalhadores de Belo Monte, que foi considerada ilegal pela Justiça do Trabalho da 8ª Região, ontem, dia 26-4-2012. Depois de algumas tentativas de negociações, sem consenso entre as partes envolvidas, os trabalhadores tiveram de acatar a decisão judicial e retomar as atividades no canteiro da obra mais polêmica do país.
Junto de uma equipe de auditores fiscais, o procurador esteve no canteiro de obras de Belo Monte durante nove dias e relata, na entrevista a seguir, concedida por telefone à IHU On-Line, o que averiguaram durante a fiscalização.
Os trabalhadores de Belo Monte reivindicam, entre outras coisas, a revisão dos cargos e salários, pois alegam que trabalhadores de Jirau, que desempenham as mesmas funções, recebem salários mais elevados. “Não se justifica um tratamento diferenciado entre trabalhadores de usinas diferentes, que são coordenadas pelo mesmo consórcio. É complicado aceitar o argumento de que o tratamento entre os trabalhadores é diferenciado por conta do orçamento”, assinala Rutowitcz Netto.
Roberto Ruy Rutowitcz Netto é procurador do Ministério Público do Trabalho – MPT do Pará.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Ontem a Justiça do Trabalho da 8ª Região julgou ilegal a greve dos trabalhadores de Belo Monte. Como avalia essa decisão e o desfecho da greve?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – Eu participei das negociações da greve durante nove dias, quando estive no canteiro de obra em Belo Monte, junto com os auditores fiscais do trabalho. Fomos até lá para fazer uma fiscalização geral na obra nos dias em que os trabalhadores estavam pleiteando a diminuição do período para poderem visitar as famílias. Hoje, a cada seis meses trabalhados, eles têm uma folga de nove dias, e eles queriam que esse tempo fosse reduzido para três meses, como já acontece em outros canteiros de obras da usina de Jirau, por exemplo.
Segundo os trabalhadores, como em alguns canteiros de obra são permitidas folgas a cada três meses, não se justifica o período mais estendido nos canteiros de Belo Monte, até porque o consórcio responsável pelas obras é o mesmo. O argumento do consórcio é que se o período for reduzido de seis para três meses, isso implicará um custo adicional na obra na ordem de 300 milhões de reais, o qual não estava no orçamento.
Participamos de três rodadas de negociações e tentamos estabelecer um acordo, mas infelizmente não houve consenso. Depois de muitas negociações, o consórcio propôs aumentar a baixada (período das folgas) de nove para 20 dias, ou seja, o trabalhador poderia, em vez de passar nove dias, passar vinte dias na sua casa. Ocorre que esses dez dias acrescidos serão considerados uma antecipação das férias. Os trabalhadores não concordaram, porque alegam que férias é um direito legal dos trabalhadores. Portanto, na avaliação deles, a proposta da empresa não traz ganhos positivos.
Outro item que estava sendo objeto de negociação é o aumento do vale-alimentação, que hoje gira em torno de R$ 90,00 ou R$ 95,00. Como também não houve negociação neste aspecto, os trabalhadores deliberaram pela greve.
O fato é que hoje (26-4-2012) a greve foi declarada ilegal por uma decisão liminar, ainda passível de recursos. Então, até entrar com recursos, os trabalhadores terão de acatar a decisão judicial. O argumento da Justiça do Trabalho foi de que o acordo coletivo ainda está em vigor e que não haveria descumprimento das cláusulas que foram pactuadas. Decidiu-se, portanto, pela ilegalidade da greve.
IHU On-Line – Por que ela foi considerada ilegal, se as reivindicações eram legítimas?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – Em minha opinião, não se justifica um tratamento diferenciado entre trabalhadores de usinas diferentes e que são coordenadas pelo mesmo consórcio. É complicado aceitar o argumento de que o tratamento entre os trabalhadores é diferenciado por conta do orçamento. O consórcio sabia que estas manifestações poderiam ocorrer.
Por outro lado, é difícil para os trabalhadores que moram em outro estado ficarem seis meses trabalhando em uma atividade que, de certa forma, é penosa, sem poder ver a família. Então, sob o prisma da Justiça, diria que a greve é justa, mas sob o prisma do Direito, é uma greve ilegal. Essa é a avaliação que faço, mas não sou o julgador do caso. Foi o Judiciário que se manifestou.
IHU On-Line – O governo foi criticado pelo sindicato dos trabalhadores e pelos movimentos sociais por não ter participado das negociações. Como o senhor vê a posição do governo nesse sentido? Se tivesse se manifestado, o desfecho teria sido outro?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – Na verdade, na mesa de negociações tinha um representante da Norte Energia, representando o governo, mas realmente a participação da empresa foi como mero observador. Até, porque, a alegação é de que o governo contratou o consórcio e as responsabilidades em relação ao orçamento e às negociações são, portanto, do próprio consórcio. Se não me engano, a Secretaria da Presidência da República estava acompanhando ou, pelo menos, assistindo à distância o desenrolar da greve. Se tivesse havido uma postura diferente do governo, o desfecho poderia ter sido diferente.
IHU On-Line – O que foi averiguado com a fiscalização durante os nove dias que estiveram no canteiro de obras? Há irregularidades? Quais as condições de trabalho e de alojamento?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – Nós fizemos uma fiscalização geral. A equipe se dividiu em grupos para dar conta do trabalho. Então, as condições do consórcio estavam regulares. Os alojamentos ainda são provisórios, pois os alojamentos definitivos estão sendo construídos, mas atendiam às exigências das normas. Eles eram climatizados, havia disponibilidade de água potável, os refeitórios também eram adequados, com mesas e cadeiras. A comida era feita com água potável e os locais também eram refrigerados. Havia o serviço de lavanderia para a lavagem da roupa de cama e também das roupas pessoais dos trabalhadores.
Tem um centro de treinamento para treinar os trabalhadores que irão iniciar operações em máquinas pesadas. Claro que existiam irregularidades, mas eram irregularidades pontuais, irregularidades menores, que foram solucionadas durante a própria ação fiscal ou em prazo razoável. Por exemplo, solicitamos proteções em algumas máquinas e equipamentos, e a empresa imediatamente disponibilizou uma equipe e atendeu a todas as recomendações que foram feitas. Os problemas maiores que detectamos foram em relação ao transporte, pois alguns veículos realmente estavam sem condições de serem utilizados. A empresa se comprometeu em resolver essa questão, inclusive, querem adquirir uma frota própria.
Também verificamos alguns problemas com as empresas terceirizadas. Havia alguns erros também na questão de exames médicos, exame de prevenção de acidentes, mas a maioria das irregularidades foi solucionada durante a própria ação fiscal. De modo geral, as condições de trabalho eram boas.
IHU On-Line – Além das reivindicações em relação ao período de baixada, quais foram as outras reivindicações dos trabalhadores?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – As duas questões principais era o aumento do vale alimentação e a redução do período para visitar as famílias de seis para três meses. Outras reivindicações dizem respeito ao enquadramento. Eles alegavam que determinados trabalhadores de um canteiro de obra X e de um canteiro de obra Y, que desempenhavam a mesma função, ganhavam salários diferentes. Eles querem critérios objetivos para a classificação dos salários e pediram a reavaliação dos salários. A empresa se prontificou a fazer isso. Outra exigência diz respeito à instalação de cabines telefônicas para que possam entrar em contato com as famílias. Lá há um problema em relação à cobertura telefônica e é difícil a comunicação via celulares. Parece que a empresa fez um contrato com uma operadora e está instalando uma torre de telefone para atender ao pedido dos funcionários.
Eles também pedem melhoria nos transportes, porque alguns ônibus não tinham condições de trafegar e foram interditados. O consórcio também custeava as despesas de lavandaria das roupas de cama e, caso os trabalhadores quisessem lavar as roupas pessoais na lavanderia industrial, tinham de pagar uma taxa adicional. Existe uma lavandaria comum, em que eles podem lavar as próprias roupas, mas o consórcio atendeu ao pedido deles, e a partir de agora passará a lavar todas as roupas gratuitamente. Eles também reivindicavam uma condição de trabalho diferenciada para os adventistas, que não podem trabalhar aos sábados.
IHU On-Line – Desde que começaram esses empreendimentos, essas greves são recorrentes. A que atribui essas manifestações?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – A greve é um fato social, é um movimento legítimo e faz parte dessas tensões entre capital e trabalho. Se o trabalhador entende que têm direitos e que pode buscá-los através das greves, a greve tem que ser reconhecida. Com relação às condições de trabalho, posso assegurar que nos canteiros que visitei as condições são adequadas, mas sempre existem direitos a serem conquistados. A greve é um instrumento de luta dos trabalhadores.
IHU On-Line – Os trabalhadores que foram demitidos relatam que se trata de demissões sem justa causa e que foram agredidos por policiais sem justificativas. Houve intervenção policial nos canteiros de obra?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – Colhi denúncias de trabalhadores que alegaram que anteriormente faziam parte da comissão de representantes dos empregados junto do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada – Sintrapav. Eles relataram que foram excluídos da comissão pelo próprio sindicato. Ainda estou apurando esses fatos. Já ouvi e notifiquei o consórcio responsável pela obra, o qual já me apresentou as manifestações em sua defesa. Agora vou ouvir os representantes do sindicato. Pelo que ouvi de algumas pessoas, esses trabalhadores estão ligados a movimentos sociais que são contrários à construção de Belo Monte. Ainda estou apurando as informações para ver qual versão vai prevalecer: se os trabalhadores foram demitidos sem justa causa, por motivos de perseguição, ou a versão do consórcio. O procedimento ainda está em fase de instrução probatória e ainda vou ouvir testemunhas para tirar as conclusões. Se de fato os trabalhadores foram demitidos porque foram discriminados, ou porque faziam parte da comissão de representação, vamos tomar as providências legais.
IHU On-Line – E os trabalhadores relataram algo em relação à intervenção policial?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – Nesse período que estive lá, não. Talvez isso tenha acontecido na primeira greve. O relato que tenho é de um trabalhador que disse que foi entregar um crachá e foi agredido por um vigilante da empresa.
IHU On-Line – Como o Ministério Público do Trabalho pretende atuar daqui para frente?
Roberto Ruy Rutowitcz Netto – Dado o porte do empreendimento, o MPT formou uma comissão que ficará responsável pelo acompanhamento da obra. Por enquanto, fizemos duas visitas aos canteiros de obras, e outras serão feitas em conjunto com os auditores fiscais, até porque a obra vai durar bastante tempo. Nosso objetivo é atuar na prevenção. Já aconteceu um acidente fatal na obra, e o queremos evitar que isso se repita. Queremos que os trabalhadores trabalhem em condições dignas, de acordo com a legislação. Infelizmente ainda não existe sede da procuradoria em Altamira, mas estamos estudando a viabilidade de instalar uma procuradoria provisória por lá para acompanhar esse empreendimento, que irá demandar a presença do MPT.
Fonte: IHU On-LineMAGNO