Provas mostram que PMs tiveram intenção de matar, diz delegado.
A investigação da Polícia Civil tem provas de que policiais militares tiveram intenção de matar o servente Paulo Batista do Nascimento, segundo o delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
O crime aconteceu no Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, no sábado (10). Parte da ação da PM foi filmada por um morador da região. Os cinco policiais suspeitos estão presos administrativamente desde domingo (11) no prédio da Corregedoria da PM.
Ao registrar a ocorrência, os policiais alegaram que abordaram suspeitos em um carro roubado, houve troca de tiros e o corpo do servente foi encontrado depois em uma viela. Entretanto, um cinegrafista amador registrou os policiais prendendo o servente em uma casa e o levando para o carro da corporação. Neste momento, o vídeo registra o barulho de um disparo.
Francisco Anderson Henrique, Marcelo de Oliveira Silva, Jailson Pimentel de Almeida e Diógenes Marcelino de Melo.
"Os autores são essa guarnição. Todos tomaram conhecimento daquela imagem", disse o delegado. Segundo o diretor do DHPP, um dos suspeitos foi ouvido pela Polícia Civil na segunda-feira. Nesta terça, outros integrantes da equipe serão ouvidos. "Posteriormente, será pedida a prisão preventiva de todos”, disse Carrasco.
"As provas estão nos autos já dão, inconteste, que houve um crime doloso contra a vida, homicídio”, argumentou. “Todos os casos de resistência são investigados no DHPP e já tivemos casos em que houve uma simulação de resistência e os seus autores foram responsabilizados perante a Justiça”, comentou.
Governo lamenta morteEm nota, a Polícia Militar informou, após a divulgação das imagens do caso, que o comandante geral "considera lamentável a ocorrência, que não reflete a conduta da maioria dos policiais de São Paulo".
Ainda na segunda, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu que houve crime na ação dos PMs. “Nós tivemos um caso de execução de um preso por parte de um PM [policial militar] e isso é intolerável", afirmou.
Ainda na segunda, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu que houve crime na ação dos PMs. “Nós tivemos um caso de execução de um preso por parte de um PM [policial militar] e isso é intolerável", afirmou.
Alckmi disse que esse não é o comportamento padrão da tropa e que ações excepcionais como essa devem ser investigadas e punidas. "A Polícia Militar já prendeu toda a equipe. Poucas horas depois da descoberta do fato, cinco policiais foram presos e responderão a processo. Aqueles que forem responsabilizados, serão expulsos da polícia. Não há nenhuma tolerância.", afirmou.
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