segunda-feira, 17 de junho de 2013

Em Belém, padre morre com suspeita de infecções provocadas por H1N1

Padre João Derickx morreu na madrugada deste domingo (16).
Ele estava internado desde a última quinta-feira (13)
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O Padre João Derickx, da Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz, no bairro do Benguí, em Belém, faleceu na madrugada deste domingo (16), com suspeita de infecções provocadas pelo vírus H1N1. De acordo com Aldalice Waterloo, amiga da vítima, médicos de um hospital particular onde o padre estava internado desde a última quinta-feira (13) suspeitam que a morte dele tenha sido provocada pelo vírus, devido aos sintomas apresentados.
Um exame foi realizado ainda no primeiro dia de internação para confirmar se a morte teria sido ocasionada pelo vírus. O resultado deve sair em oito dias. "A gente ouviu da médica que há indicativos de H1N1, mas estamos aguardando o resultado do exame. Foi tudo muito rápido, por isso há a suspeita. Os pulmões dele estavam encharcados. A infecção se alastrou e chegou ao rim também”, disse Aldalice, que convivia com o padre há mais de 40 anos.
A amiga conta que o padre apresentava quadro de diarreia e contantes falta de ar há seis dias. Os sintomas já haviam sido percebidos pela cuidadora dele, na Casa do Idoso, onde morava. "Na quinta, ela viu que a porta do quarto dele estava entreaberta e ele estava chamando, com dificuldade respiratória. Foi levado para o hospital e ficou internado. Mesmo sem febre, ele estava com muito desarranjo intestinal desde o último final de semana. A gente achou que ele tinha procurado médico, mas não procurou", conta a amiga.
O corpo está sendo velado no Centro Social Jambeirão, no Bengui. Na segunda-feira (17), às 8h será realizada uma missa de corpo presente, no mesmo local e logo em seguida, um cortejo seguirá em direção à um cemitério particular.
O G1 tenta contato com o hospital, mas ainda não obteve retorno.
Vida
O Padre Joãozinho, como era conhecido, era holandês e vivia no Brasil hà mais de 40 anos, dedicou seu trabalho à questões sociais e aos povos da Amazônia. Morou por 20 anos na Prelazia de Tefé, no Amazonas e foi pároco na Igreja Nossa Senhora Rainha da Paz, por 16 anos. No Benguí, ele atriculava e mobilizava todas as igrejas, escolas e centros comunitários do bairro em prol de uma cultura de paz, onde todos eram aceitos e respeitados.
Durante sua defesa pelos povos da Amazônia, Padre Joãozinho escreveu a obra "Reservas extrativistas: mais vida e missão nesse chão", relato no qual o padre holandês repassa a experiência de sua missão entre os seringueiros da Prelazia de Tefé, sintetiza e analisa todo o processo de organização das populações extrativistas, cobrindo uma região com cerca de 900 quilômetros na reserva do Juruá, o rio mais sinuoso do planeta, entre os anos de 1980 e 1993.fonte G1//magnopolêmico//

 

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