segunda-feira, 3 de junho de 2013

Mais de 60 países assinam tratado sobre comércio internacional de armas.

Sessenta e dois países assinaram nesta segunda-feira o primeiro tratado sobre a venda internacional de armas convencionais aprovado --após de anos de negociações-- na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 2 de abril.
Os Estados Unidos se abstiveram de assinar o documento na primeira rodada mas apoiaram a iniciativa na Assembleia Geral. O país, maior exportador de armas do mundo, acenou a possibilidade de assinar o tratado posteriormente.
Entre os signatários do bloco latino-americano estão o Brasil, o Chile, o Uruguai e a Argentina.
O representante permanente do Brasil junto à Conferência do Desarmamento, embaixador Antonio José Vallim Guerreiro, disse em seu discurso que o tratado "constitui uma importante contribuição para a proteção de populações civis em situações de conflitos, para a prevenção de conflitos internacionais e para a redução da violência urbana armada".
O tratado inclui tranques de guerra, veículos blindados de combate, aviões, helicópteros de ataque, mísseis, lança-mísseis e armas menores. A lista não envolve os aviões não tripulados, conhecidos como drones, blindados de tropas e os equipamentos militares.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assegurou que o acordo vai colocar fim ao comércio indiscriminado de armas.
O Tratado do Comércio de Armas foi adotado há um mês, com o respaldo de 154 países. Apenas três países votaram contra o acordo --Síria, Coreia do Norte e Irã-- e 22 se abstiveram.
Para que entre em vigor, ele deverá ser ratificado por pelo menos 50 países membros da ONU, processo que pode levar até dois anos.
Com o tratado, será possível regular um negócio que movimenta cerca de US$ 60 bilhões (R$ 120 bilhões) anuais e possui irregularidades, como o fornecimento de armamento a grupos acusados de crimes contra a humanidade, máfias e quadrilhas de tráfico de drogas.
Cada país terá que avaliar, antes de qualquer transação, se as armas vendidas podem ser utilizadas para eludir um embargo internacional, cometer um genocídio e outras "violações graves" contra os direitos humanos, ou cair em mãos de terroristas ou criminosos.ADAP//FOLHA SÃO PAULO MAGNOPOLÊMICO//

 

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