As empresas
estão tomando um comportamento ambiental ativo, transformando uma postura
passiva em oportunidades de negócios. O meio ambiente deixa de ser um aspecto
para atender as obrigações legais e passa a ser uma fonte adicional de
eficiência. No atual cenário econômico, muitas empresas procuram se tornar
competitivas, nas questões de redução de custos,
minimizando o impacto ambiental e agindo com responsabilidade.
Assim, a
logística tem se posicionado como uma ferramenta para o gerenciamento
empresarial pela sua contribuição na obtenção de vantagens econômicas, sem,
contudo, desconsiderar os aspectos ambientais (ROGERS; 1998). Porque a
legislação que atribui maior responsabilidade ao produtor fica cada vez mais
popular em todo o mundo, isto é, repassa ao fabricante
a responsabilidade sobre o seu produto desde a fabricação até o final da vida
útil dos produtos e até mesmo serviços e danos
ambientais que possam causar ao coletivo.
Em termos
práticos a logística reversa tem como objetivo principal reduzir a
poluição do meio ambiente e os desperdícios de insumos, assim como a
reutilização e reciclagem de produtos. Por exemplo, organizações
como supermercados, industriais e lojas descartam volumes consideráveis de
material que podem ser reciclados como papel, papelão, pallets de madeira,
plástico, entre outros resíduos industriais com grande potencial de
reutilização ou reciclagem. O reaproveitamento de materiais e a economia com
embalagens retornáveis têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais
iniciativas e esforços para implantação da logística reversa, visando à
eficiente recuperação de produtos
A logística
reversa pode ser entendida como um processo complementar à logística
tradicional, pois enquanto a última tem o papel de levar produtos
dos fornecedores até os clientes intermediários ou finais, a
logística reversa deve completar o ciclo, trazendo de volta os produtos já
utilizados dos diferentes pontos de consumo a sua origem (LACERDA, 2002)
Evidentemente, quando se fala que o produto deve retornar a sua origem,
não se pretende dizer que ele deve ser devolvido exatamente ao ponto em que foi
fabricado, mas sim voltar para a Empresa que o produziu. A Empresa, por sua
vez, dará o destino que lhe for mais conveniente, pode ser recuperá-lo,
reciclá-lo, vendê-lo para outra empresa ou, até mesmo, jogá-lo no lixo.
Logística reversa, diz respeito ao fluxo de materiais que voltam à
empresa por algum motivo tal como, devolução de produtos com defeitos, retorno
de embalagens, retorno de produtos e/ou materiais para atender à legislação.
A atividade principal é a coleta dos produtos a serem recuperados e sua
distribuição após reprocessamento.
Alguns Motivos para o uso da
Logística Reversa
Devido a
legislações ambientais cada vez mais rígidas, a responsabilidade do fabricante
sobre o produto esta se ampliando. Portanto, não é
suficiente o reaproveitamento e remoção de refugo que fazem parte diretamente
do seu próprio processo produtivo, o fabricante está sendo responsabilizado
pelo produto até o final de sua vida útil. Logo a logística
reversa está ganhando importância nas operações das empresas (BOWERSOX; CLOSS;
HELFERICH, 1986), quer seja devido à
recalls efetuados pela própria empresa, responsabilidade pelo correto descarte
de produtos perigosos após seu uso, produtos defeituosos e devolvidos para
troca, vencimento do prazo de validade dos produtos ou desistência da compra
por parte dos consumidores.
Para Lacerda
(2002) destaca três causas básicas:
a) Questões ambientais: prática comum em alguns países, notadamente
na Alemanha, e existe no Brasil uma tendência de que a legislação ambiental
caminhe para tornar as empresas cada vez mais responsáveis por todo ciclo de
vida de seus produtos. Isto significa ser legalmente responsável pelo seu
destino após a entrega dos produtos aos clientes e do impacto que estes
produzem ao meio ambiente; b) Diferenciação por serviço: os varejistas
acreditam que os clientes valorizam mais, as empresas que possuem políticas
mais liberais do retorno de produtos. Aliás, é uma tendência reforçada pela
legislação de defesa do consumidor, garantindo-lhe o direito de devolução ou
troca. Isto envolve uma estrutura para recebimento, classificação e expedição
de produtos retornados e c) Redução de custo: iniciativas relacionadas à logística
reversa têm trazido retornos consideráveis para empresas. Economias com a
utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais
para a produção têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas
iniciativas de fluxo reverso.
Custos
em Logística Reversa Por traz dessa evolução dos conceitos de logísticas
reversa
conceito mais amplo do “ciclo de vida” do
produto. Três considerações devem ser sistematicamente feitas sobre o ciclo de
vida do produto: a) Sob ponto de vista logístico: a vida de um produto não
termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados,
saturados em sua função ou simplesmente não funcionam e devem retornar ao seu
ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados;
b) Sob o ponto de vista financeiro: além dos custos dos produtos até sua venda,
devem ser também considerados outros custos relacionados a todo gerenciamento
do fluxo reverso e c) Sob ponto de vista ambiental: avaliar o impacto que o
produto produz ao meio ambiente durante toda a sua vida.
Assim, a
implantação da logística reversa é uma grande oportunidade de se desenvolver a sistematização dos fluxos de resíduos, bens e
produtos descartados, seja por intermédio do fim de sua vida útil, seja por
obsolescência tecnológica, e o seu reaproveitamento, dentro ou fora da cadeia
produtiva que o originou, contribui para a redução do uso de recursos naturais
e dos demais impactos ambientais.
A logística
reversa consiste em uma ferramenta com o objetivo de viabilizar técnica e
economicamente as cadeias reversas de forma a contribuir para a promoção da
sustentabilidade de uma cadeia produtiva.
Logo, a
abragência e o grau de importância relativa que a logística tem dentro do
contexto empresarial, envolvendo de forma
holística todos os tipos de processos existentes em conjunto com todas as fases
do processo de manufatura, merecem destaque na medida em que represente fonte
de vantagem competitiva, porque fatores como entregas no prazo
ou redução da mesma, bem como produtos entregues em boas condições são de
extrema relevância na satisfação e fidelização dos clientes com atendimento
eficiente e eficaz em todo os processo da cadeia produtiva. fonte de pesquisa material de apoio unip e livro
técnico.
By
MAGNO GRADUADO EM LOGÍSTICA UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
.
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