quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bida ofereceu R$ 50 mil pela morte de Dorothy Stang.


O promotor Edson Cardoso iniciou a acusação contra o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, alegando que ele prometeu R$ 50 mil para os pistoleiros Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Batista matarem a missionária Dorothy Stang em Anapu, no oeste do Pará, em 2005. Segundo Cardoso, o assassinato teria sido intermediado por Amair Feijoli, o Tato, que foi condenado a 18 anos de prisão pelo crime em 2006.
O julgamento de Bida começou por volta de 8h30 desta quinta-feira (18) no Fórum Criminal de Belém. Esta é a quarta vez que Vitalmiro é julgado com a mesma acusação. O fazendeiro foi condenado em duas oportunidades e inocentado em uma das sessões, mas os julgamentos foram anulados por decisão da justiça.

Entenda o caso

A missionária americana da ordem de Notre Dame Dorothy Mae Stang foi morta aos 73 anos em Anapu, sudoeste do Pará, em 12 de fevereiro de 2005. Ela trabalhava junto a comunidades de Anapu em projetos de desenvolvimento sustentável, o chamado PDS Esperança.
Segundo o Ministério Público, a morte da missionária foi encomendada pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, e Regivaldo Galvão, o Taradão, que aguarda julgamento de recurso. Amair Feijoli da Cunha, o Tato, foi condenado a 18 anos de prisão como intermediário do crime.

Rayfran das Neves Sales, condenado a 27 anos de prisão por ser assassino confesso da missionária norte-americana Dorothy Stang, deixou o regime fechado para cumprir o restante da pena em prisão domiciliar em julho deste ano. Clodoaldo Carlos Batista, acusado de ser comparsa de Rayfran, foi condenado a 17 anos de prisão deixou a Casa do Albergado, localizada em Belém, em fevereiro de 2011 e está foragido.

O crime ganhou repercussão internacional, chamando a atenção de entidades ligadas aos direitos humanos e a reforma agrária. "A nossa expectativa é que esse julgamento confirme o anterior, isto é, com a condenação do réu. Não nos conformamos com a injustiça", disse Paulinho Joamil, da CNBB.
adapt/*magnopolêmico.

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