quarta-feira, 28 de maio de 2014

Pará tem a 7ª maior taxa de homicídios do Brasil

Pará tem a 7ª maior taxa de homicídios do Brasil

De acordo com números apresentados preliminarmente pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, usados pelo Instituto Sangari para elaborar o Mapa da Violência 2014, , que traça o estudo que analisa a evolução dos crimes e mortes no Brasil, há uma tendência de crescimento em número de homicídios. Em 2011, foram registrados 3.078 homicídios, contra 3.261 em 2012, um crescimento de 5,9%. Mas a taxa histórica, quando buscados os números de uma década – 2002 a 2012 – aponta crescimento de 175,0%. O Pará ostenta a 7ª maior taxa de homicídio por 100 habitantes, com 41,7.
O Brasil registrou em 2012 o maior número absoluto de assassinatos e a taxa mais alta de homicídios desde 1980, com acréscimo de 7,9% frente a 2011. A taxa de homicídios, que leva em conta o crescimento da população, também aumentou 7%, totalizando 29 vítimas fatais para cada 100 mil habitantes.
Apenas cinco estados tiveram queda nas taxas de homicídio: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Santa Catarina e São Paulo registram as menores taxas de homicídios por 100 mil habitantes: 12,8 e 15,1, respectivamente.
Segundo o Mapa da Violência, o “modesto crescimento nos homicídios encobre alguns fatos bem marcantes”. Historicamente, desde a década de 90 e até 2003, o crescimento acelerado das taxas de homicídio, foi centrado na explosão desenvolvimentista de poucas grandes metrópoles. 
De 2003 a 2007, as estratégias de desarmamento e políticas nos estados mais violentos resultaram em quedas e em estabilização nas taxas de homicídio. De 2007 a 2012, as taxas retomam a tendência crescente passando de 25,2 em 2007 para 29,0 em 2012, isto é, um aumento de 15,3% no quinquênio no caso do Brasil e, no caso do Pará, de 2.204 em 2007 para 3.261 em 2012.

ACIDENTES
O número de mortos em acidentes de trânsito no Pará cresce a cada ano. O Estado teve a segunda maior taxa de crescimento do Brasil quando comparados os dados de 2011 com 2012, com 15,6% a mais de mortes desta natureza. Só perde para a Paraíba, que registrou aumento de 22,8%. 
Foram 1.685 mortes contra 1.458, quando comparados os dois anos. Em 10 anos, o Pará registrou aumento de mais de 85% nos casos de mortes no acidentes. Os dados também são do SIM.
No país, o número de mortos em acidentes de trânsito cresceu 38,3% no período de 2002 a 2012. Considerando o aumento populacional, o crescimento foi de 24,5%. Comparando os anos de 2011 e 2012, o crescimento das mortes desta natureza no Brasil foi de 2,5%. A taxa vem crescendo gradativamente desde o ano 2000.
Segundo o estudo, o destaque negativo neste campo – mortalidade em acidentes de trânsito – fica com os estados de Paraíba, Pará, Maranhão e Rondônia, que tiveram crescimento superior a 10% em 2012, enquanto que Amapá e Distrito Federal conseguiram reduzir suas taxas em 18% e 13%, respectivamente.
Considerando a mortalidade no trânsito por 100 mil habitantes, o Pará teve média de 21,5 mortes. Rondônia tem a maior taxa de mortes no trânsito por 100 mil habitantes: 42,4, frente 23,7 da média nacional. O Amazonas possui o menor índice, com 14,2. “Nos acidentes de trânsito, a mortalidade continua sua espiral de crescimento praticamente incontrolável, tomando como base quase exclusiva a morte de motociclistas”, explica a pesquisa.
Para o responsável pela análise, Júlio Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos da Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, as políticas para redução das mortes não tiveram o efeito esperado em longo prazo. “Resulta evidente, pelos dados até aqui arrolados, que nas três áreas analisadas (mortes por homicídios, acidentes de trânsito e suicídios) os esforços até aqui dispendidos resultaram insuficientes”.           FONTE DOL//MAGNOPOLÊMICO

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