sexta-feira, 6 de junho de 2014

DESAFIOS DA LOGÍSTICA DA COPA 2014//AGLÍCIO MAGNO

Logística para copa de 2014
A Copa do Mundo, assim como todos os grandes eventos esportivos para serem bem sucedidos necessitam de uma longa e precisa preparação. Por isso, exige um projeto logístico de grande escala, sendo necessário, fazer uma avaliação das necessidades inerentes ao evento e assim obter soluções, essas necessidades envolve atividades de integração, segurança, limpeza, comunicação, entre outros.
Nesse sentido, um estudo recente do ILOS (Instituto de Logística e Supply Chain) mostrou ser necessário investimento de aproximadamente R$ 1 Trilhão para sanar esse déficit. A logística atual do país é ineficiente em diversos segmentos. Para a copa do mundo, esta é uma área estratégica que contribui para a obtenção de sucesso neste tipo de evento complexo. O fato é que a FIFA, órgão que controla o futebol mundial, possui um manual de regulamentação de segurança, onde é bem clara em relação à logística no tocante a facilitação do acesso aos estádios, por meio de sistemas de transporte eficientes. 
Os objetivos principais da logística no planejamento de um campeonato mundial são:
- Criar um ambiente seguro para os atletas, espectadores e trabalhadores deste evento.
- Criar uma experiência positiva e agradável para todos.
Apesar de estas idéias parecerem básicas, não são necessariamente fáceis de cumprir. O fato de estarem dependentes de vários fatores, tais como voluntários (sem conhecimentos e competências) que oferecem os seus serviços, das várias empresas que criam uma dificuldade de gestão devido à agenda de cada uma e das limitações físicas dos estádios onde e realizam os jogos.
Para uma boa solução contra estes fatores são criados planos estratégicos organizacionais pela parte da logística, que definem prioridades e necessidades organizando e distribuindo tarefas pelos funcionários de modo a conseguir criar um equilíbrio entre os mesmos, para que possa estar tudo devidamente preparado para o início do evento.
Dessa forma, a Logística Esportiva, tem como principal objetivo fazer toda a preparação do evento e garantir uma eficaz gestão de recursos, equipamentos e informações entre os vários departamentos de modo a fazê-los funcionar em conjunto e ter tudo a postos no momento que o espetáculo inicia, onde alguns dos jogadores mais bem pagos do mundo são as estrelas, e os jogos são transmitidos ao vivo para milhões de pessoas no mundo inteiro.
Para a Copa do Mundo de 2010, a África do Sul realizou um investimento de cerca de R$ 250 milhões para contratação e treinamento de milhares de agentes de segurança. Além de buscar ajuda de países que organizaram as últimas Copas do Mundo.
É preciso haver infra-estrutura de transporte entre as cidades dos jogos e dentro das próprias cidades, com ônibus, metrôs, trens, aeroportos e um serviço eficiente e oferecido em vários idiomas.Novamente para a Copa do Mundo de 2010, estima-se que 300 emissoras de televisão estarão presentes no local com mais de 26 mil jornalistas presentes.
OS DESAFIOS LOGÍSTICOS DA COPA DE 2014
Diante do caos que convivemos em épocas festivas, sejam nas estradas, aeroportos, ruas e estacionamentos, realmente precisamos ficar preocupados. Mas preocupados com o quê, exatamente? O problema é fácil de resolver? Há tempo e dinheiro para tudo isso?
O Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL) já reconhece que o verdadeiro desafio é logístico. Houve um cancelamento de um treino da seleção do Uruguai, por causa de problemas no trajeto até o Centro de Treinamento, que serviu como aprendizado para o Comitê. “Não queremos que isso ocorra de novo… não podemos dar desculpa da chuva de novo. Fazemos um trabalho com a cidade para melhorar o acesso ao local”, disse o diretor-executivo do Comitê, Ricardo Trade.
E não são apenas os estádios que devem atender às normas da FIFA. A instituição exige que aeroportos, portos, rodoviárias, hotéis e todo tipo de transporte de carga e passageiros deve ser adequado para a ocasião, principalmente se tendo em vista a quantidade de pessoas que estarão presentes no país. Mas a questão mais delicada de acordo com especialistas é o deslocamento dos torcedores dentro das cidades, no trajeto até os estádios. Como bem sabemos, o transporte público das grandes cidades é sucateado e insuficiente. É necessário circular bem esses torcedores e permitir que a presença deles também converta em frutos para o turismo e o comércio local. O que nos traz para outra questão, que é o nosso sistema de sinalização urbano e informações turísticas – geralmente nulo na maioria das cidades, e quando encontrado, sofre de problemas de estrutura, quantidade e treinamento de pessoal.
Aliás, ainda dentro das cidades, temos a questão da segurança pública. Pois a relação é verdadeira: mais turistas, mais gente nas ruas, mais dinheiro circulando, e claro, sem controle também temos mais pessoas praticando delitos e espalhando a violência pelas ruas. O turismo nacional está acelerado neste momento, mas também deve estar apreensivo, pois este é o momento e as coisas não podem dar errado. A população clama por segurança há muito tempo, mas já está de certa forma “acostumada”, mas os turistas, não.
Os torcedores e turistas não se locomovem apenas dentro das cidades. Como os jogos acontecerão em várias cidades, aqueles que forem atrás da sua seleção deverão passar por várias cidades, estados e regiões do Brasil. Esbarramos aí nas condições das estradas e aeroportos e toda a infraestrutura que os cerca. Com certeza é outro ponto a ser observado, pois este deslocamento de longas distâncias pode gerar um verdadeiro caos no transporte brasileiro! Isso mesmo, ainda maior que o caos que já conhecemos.
Mais delicada é a questão da qualificação do brasileiro. Estamos prontos para receber os visitantes? Falamos outras línguas para bem receber? Infelizmente, no momento ainda não. Se o mercado interno sofre com a mão de obra desqualificada, imagine o setor de serviços, principalmente a hotelaria. Taxistas, comerciantes, policiais, autoridades e inclusive a própria população precisam se preparar em todos os sentidos para “fazer bonito”, o que, para nós, significa principalmente aproveitar oportunidades. Torcemos para que além de mais uma Taça, o Brasil traga também bons resultados e deixe para os gringos uma boa imagem da nossa terra lá fora. E que reste, para nós, um país melhor depois desse trabalho todo.

Inspeção

Como exemplo do extremo calor tropical que a equipe enfrentaria, o Independent cita a Arena da Amazônia, em Manaus, e, num o outro extremo, o estádio Beira-Rio, de Porto Alegre, ''que conta com invernos mais amenos que os europeus, mas que pode ocasionalmente ter temperaturas congelantes''.
Em julho, o técnico da Inglaterra, Roy Hodgson, lembra o jornal, viajará ao Brasil, na companhia de um representante da delegação inglesa, para inspecionar os locais que a Associação de Futebol (FA, na sigla em inglês) inglesa escolherá para hospedar a equipe.
De acordo com o Independent, a FA poderá optar pela região costeira do Nordeste, seja Fortaleza, Recife ou Natal ou ''mais provável, por bases em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, no sul''.
Independent lembra que nenhum país europeu já ganhou uma Copa do Mundo realizada na América do Sul e acrescenta que a competição contará com ''equipes mais talentosas que o atual time inglês''.
Mas o diário conclui que ''logisticamente a Copa de 2014 representa o maior desafio já encarado pela FA até hoje''.

magnopolêmico

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