quinta-feira, 14 de abril de 2016

Barbalhos com Dilma PUBLICADO POR LÚCIO FLÁVIO PINTO ⋅ 14 DE ABRIL DE 2016 ⋅ DEIXE UM COMENTÁRIO

Barbalhos com Dilma

Os Barbalhos deverão continuar com Dilma Rousseff até o fim. Esta é a dedução óbvia do tratamento que o jornal da família vem dando ao processo de impeachment da presidente da república. O tema sempre foi tratado com imensa discrição pelo Diário do Pará, contrariando as mais elementares regras do jornalismo.
O desprezo pelo assunto que recebe manchetes de primeira página de toda imprensa nacional, até mesmo internacional, culminou hoje, no momento em que Dilma, um tanto acacianamente, admite que pode se tornar carta fora do baralho, o Diário dá uma tímida chamada na sua primeira página: “Impeachment – Votação vai começar pela região sul”.
O senador Jader Barbalho não subirá ao poder com seu correligionário Michel Temer, se isso vier a acontecer. Não é do esquema e não aderiu a ele no tempo certo. Mas se servirá da diretriz do PMDB, que liberou a sua bancada na Câmara Federal para votar “segundo suas consciências”, algo raro no partido. Para quem sempre foi da base de sustentação do governo do PT, é uma fuga de última hora – ou traição.
Jader optou pelos benefícios de manter o seu candidato ao governo do Pará em 2018, o próprio filho, Helder Barbalho, no ministério de Dilma Rousseff até que ela caia. Pode ser que o impedimento da presidente ainda dure ao passar pelo Senado. Mas se, numa hipótese já muito remota, ela sobreviver, os Barbalhos subirão de status na Esplanada dos Ministérios.
De qualquer forma, mantendo-se na secretaria dos portos por mais tempo, Helder poderá faturar o capital – material ou imaterial – que acumular para o fundo de suporte da sua provável campanha à sucessão de Simão Jatene, embora com incerto e suspeito apoio popular. Mas qual a alternativa que o eleitor paraense terá?
Mesmo que ocorra o pior, Jader não poderá ser processado e punido pelo PMDB, que não impôs uma ordem. E ainda ficará, no plano local, com a aliança com o PT, Talvez considere esse trunfo melhor do que nada, talvez porque nada é o que Michel Temer lhe reserve. por LUCIO FLÁVIO PINTO                                        ///MAGNOPOLÊMICO///

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