sábado, 8 de novembro de 2014

Famílias enterram corpos de vítimas de assassinatos em Belém Clima de dor pesa sobre as famílias das 10 vítimas de crimes na capital. Onda de assassinatos começou após morte de PM na última terça-feira, 4.

Famílias enterram corpos de vítimas de assassinatos em Belém

Clima de dor pesa sobre as famílias das 10 vítimas de crimes na capital.
Onda de assassinatos começou após morte de PM na última terça-feira, 4.

Os familiares das pessoas assassinadas após a morte de um policial militar em Belém, na noite da última terça-feira (4), sepultaram alguns dos corpos das 10 vítimas já na manhã desta quinta-feira (6) em cemitérios da Grande Belém. A polícia investiga se há relação entre as mortes e afirma que pelo menos seis delas têm as mesmas características de execução.
Antônio Marcos da Silva Figueiredo Pm assassinado em Belém (Foto: Reprodução/TV Liberal)
O cabo da PM Antônio Marcos da Silva Figueiredo
foi morto a tiros na noite de terça (4), em Belém.
Após a morte, outras nove pessoas foram
assassinadas em cerca de três horas.
(Foto: Reprodução/TV Liberal)
O cabo da Polícia Militar Antônio Figueiredo, de 43 anos, foi sepultado em um cemitério de particular de Marituba, na região metropolitana de Belém, no final da manhã desta quinta. A cerimônia fúnebre contou com a presença de oficiais e diversos colegas de corporação que foram ao local prestar solidariedade à família.
Entre os familiares de Jefferson Cabral dos Reis, de 27 anos, morto no bairro do Guamá, o clima de comoção também foi grande. Familiares e vizinhos foram dar o último adeus ao jovem em cemitério particular de Ananindeua, na Grande Belém. Segundo a família, Reis foi abordado e alvejado por homens encapuzados na rua onde morava, após retornar da casa onde a namorada morava com a mãe.
O corpo de Jean Oscar Ferro dos Santos, de 33 anos, também foi sepultado durante a manhã em um cemitério particular de Ananindeua.
Na casa de Eduardo Galúcio Chaves, no bairro da Terra Firme, a família segue velando o corpo do adolescente de apenas 16 anos. O sepultamento será feito às 16h, em um cemitério de Marituba.
"Queremos esclarecer que, ao contrário do que está sendo dito, meu sobrinho não era bandido. Ele trabalhava, ajudava a mãe dele e estudava, tanto que todas as professoras dele vieram aqui conosco nos dar apoio. E é o único apoio que temos, ninguém das autoridades veio nos dar uma satisfação, nada, nós não queremos que, como ele, a morte das outras pessoas fique impune", disse Walter Rego, tio-avô do adolescente.
Alex dos Santos Viana, de 20 anos, foi outra vítima. De acordo com a família, ele tinha acabado de sair de casa quando foi morto, no bairro Sideral, em Belém. O corpo seguirá para o sepultamento às 14h, em um cemitério da Cidade Nova, em Ananindeua.
“A família está toda abalada. A vida dele foi tirada inocentemente por covardia”, disse Marcele Viana, irmã da vítima.
Entenda o caso
Nove pessoas foram assassinadas na noite de terça-feira (4) em seis bairros de Belém, após o cabo da Polícia Militar Antônio Marcos da Silva Figueiredo, 43, ser assassinado a tiros perto da rua onde morava, no bairro do Guamá.

Os corpos das pessoas que morreram durante a madrugada de quarta (5), em Belém, foramliberados pelo Instituto Médico Legal após reconhecimento de familiares. Uma das vítimas foiEduardo Galucio Chaves, 16 anos.
A namorada do adolescente, Leonice Viana, disse que estava com o rapaz quando ele foi assassinado. "A gente foi na casa da avó dele, e fomos abordados por várias pessoas encapuzadas. Mandaram eu soltar a mão dele e ir embora. Eu comecei a agarrar ele e me puxaram pelo braço. Foi na hora que aconteceu, que mataram ele", desabafa.
O bombeiro Valmir Fonseca também reconheceu o corpo do filho adotivo Alex dos Santos Viana, que foi assassinado no bairro do Sideral. "Me espantei com o disparo. Foram pra mais de 30 tiros. Os meliantes que fizeram isso passaram de moto", disse.
Os casos estão sendo investigados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil para verificar a relação entre eles. Pelo menos seis mortes têm características de execução.fonte g1///magnopolêmico.

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