sábado, 11 de janeiro de 2014

Complexo Prisional de Pedrinhas, Maranhão: Julita Lemgruber


Quem é preso e morto são os pobres, os negros, os favelados. O que existe é uma guerra contra a pobreza. Quem tem poder na sociedade está preocupado com o seu próprio umbigo. Corações e mentes não se mobilizam pela questão penitenciária.

Essa é a questão de fundo da crise exposta no presídio de Pedrinhas, no Maranhão, na análise da socióloga Julita Lemgruber, 67. Coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, ela foi diretora-geral do sistema penitenciário do Rio de Janeiro entre 1991 e 1994.

Para ela, a superlotação das prisões, combustível para as tragédias, ocorre pelo estrangulamento do sistema: muitos estão presos provisoriamente de forma ilegal e outros tantos não conseguem livramento condicional. "Essa máquina não funciona e é perversa", diz.

Na sua visão, não adianta construir novos presídios sem resolver a "gangrena" sistêmica do sistema prisional. Mais do que intervenção, é preciso que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) retome os mutirões permanentes nas cadeias.MAGNOPOLEMICO//

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