quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Oportunidade de trabalho muda a realidade de ex-presidiários em Belém Fábrica Esperança dá oportunidade de trabalho a ex-presidiários. Estudos revelam que atividade é importante para que não voltem ao crime.

Oportunidade de trabalho muda a realidade de ex-presidiários em Belém

Fábrica Esperança dá oportunidade de trabalho a ex-presidiários.
Estudos revelam que atividade é importante para que não voltem ao crime.

O trabalho do dia a dia está mudando a realidade de ex-presidiários na Fábrica Esperança, Um indicativo mostra que a ressocialização de pessoas que saem da prisão é possível quando há oportunidade.
Conseguir um emprego não foi nada fácil para a ex-presidiária Lucilene Correa. Ela conta que entregou o currículo em várias empresas, mas nunca recebeu nenhum resposta. "Existe bastante preconceito. Só que a gente tem que demonstrar para as pessoas que a gente quer mudar. Creio que seria bem difícil se eu não tivesse e essa oportunidade que eu tive", afirma Lucilene, costureira da fábrica.
Jaqueline Ferreira, costureira, também teve muita dificuldade em conseguir voltar a trabalhar. Assim como Lucilene, ela é egressa do Sistema Penal, ficou presa durante dois anos e dez meses. "Antes de eu vir pra cá deixar meus documentos, eu procurei outras empresas, mas nunca me chamaram", conta.
Ao todo, na Fábrica Esperança trabalham 252 pessoas, 70% são ex-presidiários, que só na fábrica conseguiram uma nova oportunidade para voltar ao mercado de trabalho.
Estudos da Superintendência do Sistema Prisional do Pará (Susipe) mostram que o trabalho é de extrema importância para que o cidadão não volte a cometer qualquer outro crime.
O costureiro Valdeci Cordovil foi preso duas vezes. Ele passou quase 13 anos de prisão. há 8 anos trabalha na fábrica e nunca mais teve qualquer envolvimento com o crime. "Essa fábrica foi uma obra de Deus que veio na minha vida. Graças a Deus estou bem feliz", diz.
"Aqui a gente passa essa lição de vida para eles, para que eles possam entender que eles têm uma nova oportunidade. Que a fábrica é essa nova oportunidade que eles estão tendo para se ressocializar", ressalta Eduardo Carvalho, diretor geral da Fábrica Esperança.
"Eu tenho muito orgulho hoje por ser uma profissional. Por ter um emprego, por eu me levantar todo dia de manhã e sair com a minha cabeça erguida para vir para o meu trabalho. Eu me sinto muito realizada por isso", afirma ainda a costureira Lucilene.MANOPOLEMICO//

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