domingo, 31 de março de 2013

Farinha assusta o consumidor de baixa renda.

        

                      Um dos principais itens da dieta alimentar do paraense e até pouco tempo atrás um produto com presença obrigatória no prato das camadas mais pobres da população, a farinha de mandioca se tornou de repente um artigo de luxo. A disparada dos preços foi tão violenta que ela já se colocou num patamar muito acima do poder de compra das famílias de mais baixa renda. E a tal ponto que nem se pode dizer mais que os pobres perderam o complemento natural do açaí – entre outras razões, porque também o açaí vem alcançando preços proibitivos.
                        O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Pará acompanhou e vem acompanhando de perto a variação dos preços da farinha, traduzindo em números precisos a alta de custos que aflige os consumidores. O economista Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese no Pará, informou esta semana que, em fevereiro do ano passado, o preço médio da farinha em Belém estava na faixa de R$ 2,97. Em fevereiro deste ano, o preço médio já alcançava surpreendentes R$ 6,83. No período de apenas um ano, a farinha acumulou uma alta de 129,97%, contra uma inflação de 6,5%.
                          
              Engenheiro agrônomo, economista e administrador de empresas, o superintendente da Conab, Moacir Rocha, também especialista em gestão da informação, chama a atenção para o fato de que não existe no Estado uma política agrícola voltada especificamente para a cultura da mandioca. O fato, diz ele, é que a produção de mandioca, em que pese a sua enorme importância alimentar, é tratada até hoje como “cultura de pobre”, não recebendo nem de longe a atenção dispensada ao agronegócio.  MAGNOPOLÊMICO//ADAP.G1
                                

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